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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Ministro do Turismo, Gastão Vieira, anuncia auxílio à recuperação da antiga Fábrica Santa Amélia


O ministro do Turismo, Gastão Vieira, anunciou na tarde de ontem que a pasta também auxiliará a restauração da antiga fábrica de tecidos Santa Amélia localizada na Rua Cândido Ribeiro e que está sendo reformada para abrigar os cursos de Turismo e Hotelaria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A obra está sendo realizada através de recursos do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Cultura, através do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Segundo Gastão Vieira, a ocupação de patrimônios tombados como espaço para ministrar cursos da educação superior é uma estratégia que já é adotada nacionalmente e tem rendido bons resultados. "O ministério do turismo vai apoiar nas áreas que puder. Só que mais importante que está obra é nos unirmos para salvarmos o Centro Histórico para atrair turistas que querem ver cidades históricas bem construídas que lembram o passado que eles têm", declarou.

O ministro visitou as instalações do prédio na tarde de ontem acompanhado do reitor da UFMA, Natalino Salgado; da superintendente do Iphan no Maranhão, Kátia Bogea; e do presidente da Academia Maranhense de Letras (AML), Benedito Buzar. Além dos espaços destinados às aulas dos cursos de Turismo e Hotelaria também foram apresentados espaços com potencial turístico. Entre eles, a proposta de um café e também de um espaço de lazer que interligará a Fonte das Pedras à fábrica.

O reitor da UFMA explicou que a restauração está sendo feita através de um convênio com o Iphan que está coordenando todas as ações. O orçamento previsto para a restauração corresponde a cerca de R$ 13 milhões, mas os custos podem alcançar a cifra dos R$ 17 milhões segundo o reitor. O apoio anunciado pelo ministro auxiliará os projetos de iluminação artística, de paisagismo e de urbanismo.

Natalino Salgado lembrou que a restauração envolve mais sete prédios além da fábrica Santa Amélia. A estrutura abriga preciosidades como uma estrutura desenvolvida pelo Marquês de Pombal contra terremotos, existente apenas aqui e nas cidades de Vila Real e Santo Antônio, em Portugal. "É um projeto extenso de restauração e qualificação que envolve não só a fábrica, mas também outros sete prédios e conta com a presença e qualificação de vários profissionais. Tivemos até que montar uma fábrica de azulejos aqui para a restauração", destacou o reitor.

A superintendente do Iphan, Kátia Bogea, explica que houve a necessidade de remontar o processo de fabricação dos azulejos porque os mesmos não são mais encontrados nem mesmo em Portugal. A técnica e a mistura da massa é a mesma usada séculos atrás assim como o processo de pintura das peças. Outro exemplo do esforço para não perder os detalhes característicos da construção foi a restauração das telhas de barro do telhado, feitas uma por uma.

Os vitrais das janelas tiveram que ser importados da Bélgica, país onde foram construídos os originais, para que pudessem conservar a tonalidade exata das peças originais. Também foi realizado um trabalho de arqueologia industrial para recuperar elementos da fábrica que estavam enterrados e serão usados como atrativo turístico após a conclusão da obra. Segundo o reitor da UFMA, a previsão é que a obra seja concluída em 18 meses.

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