SÃO LUÍS - A mulher que foi espancada e supostamente violentada na
cidade de Raposa, durante a madrugada segunda-feira (19), em depoimento à
Polícia Civil da capital, confessou que não estava grávida. Ela admitiu
que não perdeu a criança no matagal, onde foi estuprada.
De
acordo com informações da própria vítima, durante o depoimento, ela
afirmou ter sido estuprada, porém sua gravidez era psicológica. Ela
negou a versão, contada por ela mesma, de que teria tido um bebê.
Segundo a superintendente de Polícia Civil da Capital, Katherine Chaves,
a mulher não chegou a contar com detalhes, porque teria inventado essa
história.
Porém, ela continua afirmando que foi
vítima de sequestro. Os três autores ainda não foram identificados. Além
disso, ela, também, se recusa, de acordo com a superidentdente, a se
submeter ao exame de corpo de delito. A mulher deverá prestar um novo
depoimento.
Relembre o caso
Na
madrugada de segunda-feira (19), uma mulher de 25 anos e grávida de
seis meses foi sequestrada e espancada por três homens na região do
Itapeuá-Cumbique, no município de Raposa.
Segundo a
família da vítima, a jovem teria saído de casa por volta da meia-noite,
para buscar o marido na parada de ônibus. Dois homens em uma moto
teriam seguido o carro da jovem, obrigando-a a parar o veículo. Um dos
criminosos teria entrado no carro e levado a vítima para uma região de
matagal, onde um terceiro homem estaria esperando com álcool e um objeto
que seria um bisturi.
No local, a mulher foi
agredida com um soco na barriga. Como tem curso de defesa pessoal, a
vítima conseguiu fugir e, no meio do matagal, acabou dando à luz à
criança.
Segundo a família, a jovem embrulhou a
criança em uma blusa e tentou fugir, porém, como teve medo dos
criminosos a encontrarem e levarem seu filho, ela acabou escondendo o
bebê em uma moita, para vir buscar depois.
A
família afirma que a vítima chegou em casa por volta das 3h e estava
transtornada pedindo para que buscassem a criança no matagal, porém como
a barriga da jovem ainda estava grande, suspeitaram de que ela
estivesse apenas delirando. Ao passar por exames médicos, foi constatado
que a mulher tinha, de fato, dado a luz.
Após a
descoberta, a família e conhecidos foram até a região onde o crime
aconteceu tentando encontrar a criança, como não acharam, acionaram a
polícia. O Corpo de Bombeiros fez vistoria na área na tentativa de
localizar o bebê.
A família suspeita que os
criminosos tivessem interesse apenas na criança, pois o veículo foi
deixado intacto. O caso será investigado.