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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Aeroporto ainda na base do improviso até março de 2012

 (Honórrio Moreira/O IMP/D.A PRESS)
Salas de embarque e desembarque vazias. Este é o cenário do Aeroporto Internacional de São Luís Marechal Hugo da Cunha Machado. Com as tendas armadas, os passageiros se sentem abandonados e sem qualquer assistência quanto à infraestrutura do local.

As reformas foram adiadas devido à existência de um dreno pluvial encontrado durante as escavações para instalação dos pilares de sustentação das novas estruturas. O dreno está localizado no mesmo alinhamento desses pilares, assim tem que ser feito um desvio e por conta de tal desvio, a obra demanda um maior prazo para a conclusão.

A Infraero então decidiu pelo adiamento. Essa já é a terceira vez que a obra é adiada, por motivo, segundo a Infraero, de ter sido constatado a necessidade de revisão do cronograma. O novo prazo está previsto para março do próximo ano.

Com a infraestrutura precária, os passageiros ao desembarcar são transportados até o saguão em um micro-ônibus disponibilizado pelo aeroporto. Alguns passageiros relataram ao O Imparcial que a entrega de malas é outro problema, já que muitas vezes elas demoram a chegar. "Já perdi um carro que me levaria para casa só esperando minha mala chegar até aqui", disse um passageiro que não quis se identificar.

A equipe de reportagem procurou o Box de atendimento a passageiros da Infraero no local para explicar os casos relatados, mas a informação repassada era de que havia encerrado o expediente do dia.

Paralisação
Às vésperas do Natal, trabalhadores do setor aéreo ameaçam o começo de uma greve o que, provavelmente, resultará em mais uma confusão nos aeroportos. Em reunião no Tribunal Superior do Trabalho (TST) a fim de tentar uma conciliação com as companhias aéreas, os sindicatos dos aeroviários (pessoal de terra) e aeronautas (pilotos e tripulantes) anunciaram uma paralisação nacional por tempo indeterminado a partir das 23h desta quinta-feira.

A proposta dos empregadores de reajuste salarial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,17%, ao insistir em 7%, foi rejeitada pelos representantes dos funcionários.

Os patrões, representados pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), alegaram que não poderiam conceder aumento real em razão dos prejuízos acumulados pelas companhias até o terceiro trimestre e, sobretudo, para se precaver contra o cenário negativo da economia global em 2012.

Os advogados dos aeroviários e aeronautas foram irredutíveis, argumentando que o setor teve expansão recorde este ano e que diversas outras categorias obtiveram ganhos reais.

O julgamento da causa só ocorrerá em fevereiro, já que a Justiça entrou em recesso. Até lá os patrões deverão recorrer ao TST para que o tribunal estabeleça limites ao movimento. Até quinta-feira a esperança é que as partes se reúnam para chegar a um entendimento, com isso, os trabalhadores avisaram que apenas 20% do pessoal vai trabalhar, como parte da escala mínima de serviço.

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