O Jornal Pequeno
apurou que o nome do envolvido na operação “Allien”, em Paço do Lumiar,
que afrontou a Polícia Federal – desobedecendo a proibição de ficar
recolhido em casa todas as noites – é Luís Carlos Teixeira Freitas,
ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) do município.
Luís Carlos – que está sendo monitorado pela PF desde quinta-feira
(20), por meio de uma tornozeleira eletrônica – frequentou um bar do
Turu, na noite de sexta (21), e não dormiu em casa.
Conduzido à sede da Polícia Federal, na Cohama, na manhã de sábado
(22), ele foi autuado em flagrante por descumprir as medidas restritivas
impostas pela juíza Clemência Maria Almada Lima de Ângelo, do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região. A desobediência pode levar Luís Carlos a
ter decretada sua prisão preventiva.
Além de Luís Carlos Teixeira Freitas, outras 18 pessoas sofreram
medidas restritivas na operação “Allien”, que desarticulou uma quadrilha
acusada de desviar mais de R$ 15 milhões da área da Educação em Paço do
Lumiar.
A prefeita de Paço,
Glorismar Rosa Venâncio, a “Bia Venâncio” (PSD), 58 anos, e seu filho, o
vereador Thiago Rosa da Cunha Santos Aroso (PSD), 26, também estão
entre os que têm de usar tornozeleiras eletrônicas da PF por tempo
indeterminado, assim como quatro secretários ou ex-secretários de Bia:
Francisco Morevi Rosa Ribeiro, Eduardo Castelo Branco, Cinéias de Castro
Filho e Maria Amélia Carvalho Everton. O funcionário da prefeitura
Élder Teixeira de Oliveira igualmente está entre os monitorados pela PF.
De acordo com a PF, recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação) e do Pnate (Programa Nacional de Apoio ao Transporte
Escolar), recebidos pela prefeitura de Paço do Lumiar, eram desviados
por meio de empresas fantasmas e falsificação de documentos.
O ex-vereador de Paço, Edson Arouche Júnior, o “Junior do Mojó”, seria
dono de uma dessas “empresas fantasmas”. Ele renunciou em março, após
ser acusado de envolvimento em assassinatos e grilagem de terras. O
cargo foi ocupado por Thiago Aroso, agora investigado. “Júnior do Mojó”
está preso em Pedrinhas (São Luís).
O
nome da ação – operação “Allien” – faz referência ao filme de mesmo
nome, em que um parasita alienígena se desenvolve e consome seu
hospedeiro.
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