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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Suspeito de participação em homicídio é assassinado por sargento da PM

Foi assassinado na manhã de ontem, Elias Veras da Silva, conhecido como “Pituca”, de 22 anos, um dos suspeitos de participar do homicídio que vitimou Daniel Moreira Botelho, conhecido como “Negão”, 21, ocorrido na segunda-feira (30), no Bairro do João Paulo. O autor do crime registrado ontem foi o pai de Negão, o sargento Gabriel Botelho, lotado no 9º Batalhão da Polícia Militar, que teria disparado dois tiros contra Elias Veras, após este ter invadido a residência do policial, situada na Rua Alto Duque de Caxias, s/n, no mesmo bairro, portando uma faca e iniciado uma discussão.
Segundo o irmão do sargento, o cabo José Ribamar Botelho, enquanto Negão estava sendo velado na casa do avô, na residência de n° 10, na mesma rua, Gabriel teria ido para casa descansar e foi surpreendido por Pituca. Cabo Botelho explicou que o sargento estava sentado em um sofá na sala de sua residência, quando o homem chegou de bicicleta e iniciou uma discussão.
Foto: Alessandro Silva
Elias Veras caiu morto na sala da residência do policial militar
“Em menos de 24 horas da morte de Negão, ele veio aqui provocar e nem respeitou a nossa dor. Pituca era bandido, conhecido na área e é um dos envolvidos na morte do meu sobrinho. Ele estava com uma faca e partiu para cima de Gabriel que efetuou dois disparos contra Pituca, no intuito de se defender. Desde segunda, eles tocam foguetes para comemorar a morte de Negão que nunca fez mal a ninguém; o seu único problema era o alcoolismo”, disse o militar.
De acordo com o cabo Botelho, o sargento Gabriel já havia prendido integrantes de uma gangue, da qual Pituca fazia parte, e por isso eles teriam dito que iriam revidar a prisão. O PM explicou que a intenção do bando era matar dois dos cinco filhos do sargento. “Negão era auxiliar de serviços gerais, mas por conta da bebida estava internado em uma clínica de reabilitação há um mês e 15 dias. Ele só saiu para receber o salário no banco, pois estava encostado e recebia um auxílio do governo, mas saiu só para ser morto. Pituca era um criminoso, há dois meses ele deixou a penitenciária onde esteve preso por assalto e tráfico de drogas. O adolescente que matou meu sobrinho era um dos comparsas dele. Essa história de dizer que meu sobrinho deu uma tapa na mulher dele é mentira, pois Negão nunca foi de agredir ninguém, sempre foi um rapaz tranquilo e pacífico”, declarou.
Daniel Moreira Botelho foi atingido por três tiros e morreu em frente ao Colégio São Vicente de Paula, na Avenida São Marçal – Bairro do João Paulo, na manhã de segunda-feira (30). O suspeito, apreendido por policiais militares do Batalhão de Choque, foi levado ao 2° Distrito Policial, no mesmo bairro, mas por se tratar de um adolescente foi encaminhado à Delegacia do Adolescente Infrator (DAI), e apresentado para a delegada Irana Cláudia.
O adolescente confessou ter matado “Negão” devido à vítima ter agredido a mulher dele em via pública e por outro conflito antigo. “Nós já tínhamos uma desavença. Negão atirou contra meu pai por causa de uma bicicleta. E, quando eu seguia para a feira do João Paulo, fui abordado por ele que fez ameaças e agrediu a minha mulher com uma tapa no rosto. Estava armado e disparei contra ele”, contou.
O sargento Gabriel Botelho fugiu, logo após confirmada a morte de Pituca. O crime será apurado pelo 2° Distrito Policial (João Paulo).

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