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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Comércio exterior maranhense passa dos US$ 9 bilhões em 2011

As empresas maranhenses nunca negociaram tanto no mercado externo quanto em 2011. Segundo dados divulgados ontem (16), pelo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cerca de 9,32 bilhões de dólares em mercadorias foram exportados ou importados no estado, o que indica um crescimento de 38,47% no fluxo de mercadorias negociadas no mercado externo no ano passado.
Foto: Divulgação
As exportações feitas pela Alumar estão entre os fatores para o crescimento do comércio exterior
Tanto as vendas quanto as comprar feitas no exterior apresentaram resultado recorde em 2011. Cerca de 30 países importaram pouco mais de 3 bilhões de dólares em 2011, um recorde histórico: é a melhor marca desde que o Ministério passou a divulgar a balança comercial dos estados brasileiros, em 1998.
Os dados divulgados também mostram que as exportações do Maranhão cresceram quase seis vezes nos últimos 10 anos, saltando de 554,3 milhões de dólares em 2001 para 3,04 bilhões de dólares no ano passado. Já as importações cresceram 64,5% e atingiram 6,28 bilhões de dólares, um volume cerca de sete vezes maior do que o registrado em 2001.
Os fatores que explicam o recorde nas exportações registrado em 2011 foram a retomada da exportação de ferro gusa, a ampliação dos embarques de soja produzidos no sul do Maranhão e da alumina calcinada produzida pela Alumar, em São Luís, a melhoria do preço internacional das pelotas de minério de ferro e a entrada do ouro na pauta de exportação maranhense.
“Mesmo com a crise internacional do ano passado, tivemos melhoria na cotação internacional de alguns produtos, mudanças significativas nas estratégias de negócios de alguns dos exportadores maranhenses e países que vinham diminuindo as importações de produtos maranhenses voltaram a comprar mais, como é o caso dos Estados Unidos, do Canadá e Argentina. Estes fatores juntos explicam o recorde registrado em 2011”, explicou Cassiano Pereira, coordenador do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema).
A maior parte dos produtos exportados pelo estado é produzida pela indústria maranhense. Este é o caso do ferro gusa, da alumina calcinada e do ouro. Os dados mostram que cerca de 1,52 bilhão de dólares – ou seja, mais da metade do que é exportado – são referentes a produtos industrializados.
“Este é o segundo melhor resultado da história para a indústria exportadora. Só registramos volume maior de exportação em 2008, no auge do último ciclo de exuberância que tivemos antes do estouro da bolha imobiliária dos Estados Unidos. Na época a indústria exportou o equivalente a 1,69 bilhão de dólares. O bom resultado de 2011 mostra o retorno que a indústria maranhense pode dar a economia estadual”, observou o presidente da Fiema, Edilson Baldez das Neves.
Já no caso das importações, cerca de 85% do total registrado em 2011 é referente a importação de derivados de petróleo que serve para atender a demanda por combustíveis fósseis de todo o litoral norte do país.
Países – A China perdeu para os Estados Unidos o posto de principal cliente externo dos exportadores maranhenses. Segundo os dados divulgados ontem pelo MDIC, no ano passado os norte-americanos compraram 198 milhões de dólares a mais do que em 2010 e representam 14,77% das vendas exportações feitas pelas empresas maranhenses, enquanto os chineses compraram 197,5 milhões de dólares a menos e perderam a liderança em 2011.
Ao todo, os clientes norte-americanos compraram 449,9 milhões de dólares e consumiram alumínio e alumina produzida pelo Consórcio Alumar e ferro gusa produzido pelas sete guseiras que atuam no estado. Com isso os norte-americanos ampliaram o seu consumo de produtos produzidos no Maranhão em 79,1% no ano passado.
Ao mesmo tempo, a China que nos últimos três anos havia se tornado o principal cliente externo, reduziu as suas compras, caindo de 537,7 milhões de dólares em 2010 para 349,1 milhões de dólares no ano passado, o que significa uma redução de 36,7%. Os chineses compram principalmente soja e pelotas dos exportadores que atuam no Maranhão.
Entre as novidades estão a exportação de pouco mais de 5,4 milhões de dólares em produtos para Cuba e de 4,4 milhões de dólares para as Ilhas Virgens, ambos localizados no Caribe. Estes dois países não haviam registrado compras de produtos maranhenses em 2010.
Os Estados Unidos lideram o grupo dos países que aumentaram as suas compras de produtos maranhenses. Segundo os dados do MDIC, este grupo é formado por 17 países. Além dos norte-americanos, o Canadá, a Argentina, a Austria, a Islândia, a Coréia do Sul e a Noruega ganharam participações significativas na pauta de exportação maranhense.
O grupo dos países que aumentaram a importação de produtos maranhenses ainda inclui a Espanha, Suíça, o Reino Unido, Camarões, Bélgica, Hong Kong, Paraguai, Malásia, Além de Cuba e Ilhas Virgens. Juntos estes 18 países importaram 2,04 bilhões de dólares em produtos produzidos no Maranhão.
A China lidera o grupo formado por 12 países que reduziram suas compras no estado. Estão neste grupo também o Japão, que reduziu o consumo de produtos de exportação maranhenses em 33%, a Itália, cujas compras no mercado exportador do estado caiu 21,7%, além de Holanda, Austrália, México, Colômbia, Tailândia, França, Arábia Saudita, Indonésia e Alemanha. Este grupo de países importou cerca de um terço de tudo o que foi vendido por empresas maranhenses no mercado externo.

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