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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Chuvas aumentam transtornos com obras paradas na área do Centro

Quase dois anos. Esse é o tempo que já duram os transtornos das obras de recuperação de drenagem das ruas do entorno do Mercado Central, no Centro de São Luís. O principal objetivo da obra era ajudar no escoamento da água empossada pela chuva, evitando os alagamentos na região, que há muitos anos acarretam sérios problemas para os moradores, comerciantes e consumidores de uma dos mais aquecidos pontos de comércio da capital maranhense.
Mas as chuvas chegaram, as obras pararam há quase um mês e a situação piorou. Após as primeiras chuvas de 2012, na segunda e na terça, o que se viu foi a instalação de um caos na área: lama, água de esgotos acumulada, lixo entulhado, mau cheiro e pessoas se equilibrando com dificuldade, em meio aos buracos e áreas alagadas. Sem contar a pavimentação de má qualidade que foi feita na região.
Foto: G. Ferreira
A lama, o lixo e a água empoçada tomam conta da Rua Fonte das Pedras e de outras na região do Mercado Central
Na Rua Fonte das Pedras, na esquina do Atacadão dos Cosméticos, lama e água empoçada quase tornam impossível a passagem de veículos e pedestres.
A promotora de vendas Adriadna Santana contou que a chuva de segunda-feira (16) invadiu parte da loja de cosméticos, onde trabalha há seis anos. A situação, segundo ela, nunca mudou. “Já aconteceu da água levar até a nossa mercadoria.”
O segurança Edivaldo Penha Costa disse que a região sempre apresentou problemas de infra-estrutura. Mas atualmente, segundo ele, as dificuldades são ainda maiores e os transtornos têm afastado os clientes das lojas.
“Parece que essa obra só veio a piorar a situação. A poeira toma conta dos produtos, a água suja e a fedentina afastam os clientes. As vendas caíram em 30%”, lamentou.
Antônio Pereira Rodrigues, vendedor de peixe há 22 anos no Marcado Central, também é um dos prejudicados com a queda nas vendas. Ele diz que os lucros caíram devido às péssimas condições das ruas do entorno e a do próprio mercado.
“Essa obra é uma vergonha. Depois de um bom tempo parado, agora resolveram trabalhar, no período de chuva. O que logicamente vai resultar em um péssimo trabalho. É como ver nosso dinheiro ser jogado fora”, indignou-se o comerciante.
A Rua da Inveja parece um cenário de guerra. Asfalto não existe mais. Enormes crateras ameaçam pedestres e residências antigas que estão a poucos metros.
Na Rua 7 de Setembro, uma das vias mais baixas da área, é acomodada grande parte da água empossada, que, sem ter aonde escoar, invade casas e comércios.
Para o taxista Gonçalo Pereira Pinheiro, 60 anos, há 45 trabalhando na área do Mercado Central, os serviços de drenagem, executados pela empresa Construção e Saneamento do Maranhão (Cosama), foram de péssima qualidade.
“As galerias que fizeram não funcionam. Só servem para acumular lixo”, disse Gonçalo.
Nas proximidades do Bradesco, uma enorme cratera aberta acumula água fétida de esgoto e põe em sério risco quem transita pelo local e mesmo os motoristas.
Outro lado – A Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) tem informado, sistematicamente, que as obras de retificação do Canal do Portinho, com serviços de drenagem profunda nas proximidades do Mercado Central, ainda estão sendo finalizadas, mas não explica por que os serviços pararam há quase 30 dias.
A Semosp informou também que a coleta de lixo em todo o centro da cidade está regular. No entanto, não se manifesta sobre a não retirada do acúmulo de lama, terra e areia no entorno do Mercado Central – principalmente na Rua Fonte das Pedras, altura das esquinas em que estão instaladas as lojas Duarte Variedades e Atacadão dos Cosméticos.

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