A Polícia Federal (PF) afirmou, na
manhã desta segunda-feira (26), que foram presas 33 pessoas suspeitas de
participar de duas organizações criminosas envolvidas em violação de
dados e em crimes financeiros. Segundo a PF, 87 mandados de busca e
apreensão foram cumpridos nos estados de São Paulo, Goiás, Pará,
Pernambuco, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Ainda de acordo com a
polícia, 67 pessoas serão indiciadas.
Dois grupos são investigados: um por suspeita de vender informações
sigilosas e outro por crimes contra o sistema financeiro nacional. Um
dos investigados na ação foi Marco Polo Del Nero, presidente da
Federação Paulista de Futebol (FPF) e vice da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF). Pela manhã, a residência do dirigente foi vistoriada.
Além disso, ele foi conduzido à sede da PF onde prestou esclarecimentos e
foi liberado.
Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e vice da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
Em nota divulgada nesta manhã (veja íntegra abaixo), a FPF informou que
a ação não está relacionada à atividade de Del Nero como dirigente
esportivo ou a seu escritório de advocacia. Em entrevista por telefone
ao G1, Marco Polo afirmou que não pode falar por causa do segredo de
Justiça. "A única coisa que posso dizer é que não tem nada a ver com
futebol nem com o meu escritório de advocacia. É uma questão pessoal",
afirmou.
Ele não quis detalhar o
teor da investigação nem do depoimento prestado. "Eu me apresentei,
prestei esclarecimentos e fui liberado. Agora é uma questão de Justiça.
Precisamos esperar e seguir a vida", disse.
Suicídio
Segundo a PF, o inquérito policial que apura as irregularidades começou em setembro de 2009 com a investigação do suicídio de um policial federal em Campinas, interior de São Paulo, que apontou a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.
Segundo a PF, o inquérito policial que apura as irregularidades começou em setembro de 2009 com a investigação do suicídio de um policial federal em Campinas, interior de São Paulo, que apontou a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.
De acordo com a polícia,
a operação foi batizada de "Durkheim", em referência ao sociólogo
francês Émile Durkheim, autor do livro "O Suicídio".
Mandados
Cerca de 400 policiais federais participam da operação que cumpriu 33 mandados de prisão, 34 mandados de coerção coercitiva e 87 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em cinco estados e todos foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Cerca de 400 policiais federais participam da operação que cumpriu 33 mandados de prisão, 34 mandados de coerção coercitiva e 87 mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos em cinco estados e todos foram expedidos pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
Nota de dirigente
Veja abaixo nota divulgada por del Nero:
Veja abaixo nota divulgada por del Nero:
"Nota de Esclarecimento: Marco Polo Del Nero
Marco
Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, esclarece
que foi surpreendido em uma operação da Polícia Federal durante esta
madrugada em sua residência, em busca de documentos não relacionados à
sua atividade na entidade e de seu escritório de advocacia.
Conhecido
advogado criminalista, Marco Polo Del Nero prestou depoimento
regulamentar na Polícia Federal sendo liberado em seguida. O teor do
depoimento segue em sigilo de Justiça.
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