Margarida Pereira Oliveira, 65 anos, foi assassinada a facadas.
SÃO LUÍS - A comerciante Margarida Pereira Oliveira, de 65 anos,
moradora da Rua 32, quadra 34, no Jardim América, foi encontrada morta
no início da tarde de ontem (24), em sua casa, com vários golpes de faca
na altura do tórax. Segundo a Polícia Militar, o principal suspeito de
ser o autor do crime é o caseiro Antônio Gomes da Silva, de
aproximadamente 55 anos, com quem a vítima havia iniciado um caso
amoroso há pouco mais de sete meses.
"O
companheiro da vítima não é visto no endereço desde a noite de domingo
(21), quando os dois decidiram ir juntos a uma missa, na Paróquia João
Calábria, na Cidade Operária. O corpo da idosa foi encontrado por uma
neta, adolescente, que veio visitá-la e se deparou com o mau-cheiro
vindo do quarto da avó, onde ela estava debruçada sobre uma poça de
sangue", disse o sargento Sérgio, comandante da guarnição do 6º
Batalhão.
Margarida Pereira
Oliveira, de acordo com familiares que não quiseram se identificar,
passou a se relacionar com Antônio Gomes da Silva depois que ele começou
a trabalhar como caseiro em uma chácara localizada a Rua 35, na Vila
América, a poucos metros de sua casa. Por ser alcoólatra, o suspeito
frequentava o estabelecimento da vítima e logo fizeram amizade e
decidiram morar juntos.
Insatisfeitos
com o relacionamento afetivo da mãe, os filhos da comerciante
classificaram o suspeito como um homem "ciumento e viciado em cachaça".
"Ele vinha beber todos os dias no comércio de minha mãe, que era viúva.
Sozinha, ela acabou caindo na conversa desse miserável e logo o convidou
para morar juntos. Ninguém da nossa família concordava com essa
situação. Tudo indica que ele fez isso para roubar dinheiro", denunciou
um dos filhos.
A hipótese de
latrocínio levantada pela família se deve ao fato de toda a renda do
comércio ter desaparecido do local onde sempre era guardado pela idosa,
antes de ser depositado em conta bancária. No local do crime, o caseiro
Antônio Gomes da Silva esqueceu metade do seu documento de identidade,
onde fica a foto 3x4, assinatura e digital. "Ele deve ter fugido com
tanta pressa que levou só o verso do RG", acrescentou um parente da
vítima.
O local onde o corpo
foi achado foi isolado pelos peritos do Instituto de Criminalística
(Icrim) que, devido ao avançado estado de decomposição da vítima,
tiveram muito trabalho para traçar a dinâmica do crime. Investigadores
da Delegacia Especial da Cidade Operária (Decop) também acompanharam o
trabalho da perícia, a fim de iniciar o inquérito policial. A remoção do
corpo foi feita por volta das 16h30, para o Instituto Médico Legal
(IML).
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