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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Vans promovem caos no entorno do 'camelódromo'

O intenso tráfego de vans no entorno do Terminal de Transporte Alternativo, situado em frente ao Centro de Comércio Informal (“camelódromo”), na Avenida Magalhães de Almeida, tem provocado sérios transtornos a motoristas, comerciantes e até pedestres. As vans, além de pararem em locais inadequados, ainda bloqueiam os acessos laterais, como as ruas Beco Escuro e Fonte das Pedras, impedindo a passagem de carros e comprometendo a segurança dos pedestres e condutores de outros veículos.
Segundo o motorista Francisco Rocha, 42 anos, o desrespeito às leis de trânsito é o quem mais indigna as pessoas que precisam transitar pela área. Ele disse que os condutores das vans param no meio da rua sem se preocupar com quem precisa passar por ali.
“Na maioria das vezes, estamos com muitos compromissos e, portanto, temos pressa, mas eles não querem nem saber, e mesmo quando a gente buzina, a maioria nem se incomoda”, disse Francisco.
O motorista afirmou, ainda, que já brigou com vários motoristas de vans, mas não adiantou nada. “Só me causou mais stress”, disse.
Foto: Alessandro Silva
Quase nunca aparecem agentes de trânsito para disciplinar o tráfego das vans
As discussões se sucedem sem que apareça nenhuma autoridade responsável pela fiscalização e organização do trânsito na cidade. Na segunda-feira (dia em que foi realizada a matéria), a reportagem do Jornal Pequeno não viu no local nenhum agente de trânsito da Secretaria Municipal de Transportes (SMTT).
“E mesmo quando os guardas estão na área, nada fazem para resolver o problema”, disse Francisco Rocha.
A dona de casa Rosa Maria Cunha, de 38 anos, explicou que o mais complicado é quando o pedestre precisa atravessar da Rua da Manga para a Avenida Magalhães de Almeida, pois muitas vezes os motoristas de vans ficam atravessados na via, mesmo com o sinal vermelho. Ela disse que certa vez quase ia sendo atropelada, pois uma van avançou o sinal.
“Como o motorista ficou com o carro atravessado na pista, de forma irregular, ele já nem sabia mais se esperava ou não o sinal ficar verde para seguir, pois metade do carro já estava na avenida. O pior é que o fato aconteceu no momento em que eu ia atravessar, pois o sinal estava verde para os pedestres, mas o condutor avançou e por pouco não me atropelou”, contou Rosa Maria.
Uma lojista, que preferiu não ser identificada, disse que já teve muitos problemas com clientes por conta da bagunça que as vans fazem no trânsito. Ela disse que as ruas no entorno do camelódromo já são estreitas, e com a indisciplina das vans no tráfego, o caos se instala no local.
“Nos pontos onde as ruas se alargam um pouquinho, eles tomam conta das duas faixas e os carros comuns não podem passar ou estacionar. Em decorrência dessa situação, já perdi vários clientes. Já liguei pra SMTT, mas nunca resolveram o problema”, disse ela.
O fiscal de transporte alternativo Pedro Almir explicou que 280 vans estão cadastradas a embarcar e desembarcar no Terminal de Transporte Alternativo, na Magalhães de Almeida, todos os dias. Ele informou que cada veículo deve fazer pelo menos quatro viagens ao dia, permanecendo no máximo três minutos na plataforma de embarque e desembarque.
“Somos regidos por cooperativas, que ao todo chegam a seis. Conscientes da situação caótica que os motoristas provocam aqui no Terminal, fomos designados para fiscalizar e disciplinar o embarque e desembarque, bem como o tempo máximo de parada de cada carro. O problema, é que muitos motoristas chegam adiantados em até meia hora, e não querem ficar circulando no entorno do ponto, a fim de evitar o congestionamento. Então, quando isso acontece, a única saída é penalizá-los, determinando que no dia seguinte eles fiquem sem rodar”, disse Pedro Almir.
Outro lado – A reportagem do JP enviou à SMTT um pedido de posicionamento sobre o assunto tratado na matéria. A resposta: “A fiscalização no local vai ser intensificada, e os condutores que cometem irregularidades no trânsito estão sujeitos a multa conforme o Código de Trânsito Brasileiro”.

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