O jovem matador confessa pela autoria de pelos menos 30 assassinatos.
SÃO LUÍS - Passadas as primeiras 24 horas após a apresentação da quadrilha, a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) fez algumas revelações sobre o caso Décio Sá. A primeira delas é a de que Jhonatan Silva teria deixado a capital maranhense pelo ferryboat cerca de três dias depois do crime e retornado no mesmo dia. "O executor fugiu para a Baixada Maranhense em um veículo Corsa Classic prata, que conseguiu com Júnior Bolinha. Lá, ele visitou algumas cidades e voltou para São Luís. Nesse tempo, lançou a arma do crime na Baía de São Marcos", disse o delegado Guilherme Sousa Filho.
Sobre o perfil do matador, a Polícia Civil já sabe que Jhonatan Silva começou a matar quando tinha apenas 14 anos de idade, pois cresceu na região sul do Estado do Pará, mais precisamente na cidade de Xinguara, lugar marcado por constantes conflitos de terras e dominado pela pistolagem. "Matar, naquela região, infelizmente, é algo banal. Por isso, ele entrou para o crime tão cedo. Quando conheceu os agiotas estabelecidos no Maranhão, ele percebeu que seu lucro fora de seu Estado de origem era mais rentável. O jovem matador também confessa a autoria de pelo menos 30 assassinatos", disse o superintendente da Seic, Augusto Barros.
Entre os crimes mencionados pelo próprio matador, apenas cinco constam em processos do Poder Judiciário. Três homicídios foram praticados no Maranhão: o de Décio Sá e mais dois na cidade de Santa Inês. No Estado do Piauí, foi registrado aquele considerado o estopim da morte do jornalista maranhense, o assassinato do empresário Fábio Brasil, em Teresina.
Segundo as investigações, o agiota Gláucio Alencar Pontes Carvalho temia perder seu patrimônio, avaliado em mais de R$ 10 milhões, já que o blogueiro vinha denunciando duramente os negócios ilícitos de suas empresas.
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