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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Praias de São Luís estão liberadas para o banho

Secretários de Saúde, Ricardo Murad; e do Meio Ambiente, Vitor Mendes, informam, em entrevista coletiva, que praias de São Luís podem voltar a receber os banhistas


Após 4 meses de interdição, as praias de São Luís estão liberadas para os banhistas . Foi o declarou o secretário de Estado do Meio Ambiente, Vitor Mendes, acompanhado do secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad. No período em que as praias de São Luís estiveram impróprias para banho, as duas secretarias estavam em busca de parcerias com empresas para solucionar o problema. "Durante todo esse tempo, nós buscamos parcerias para que o problema de balneabilidade das praias de São Luís fosse sanado. Foi aí que entrei em contato com o Governo do Estado de São Paulo e imediatamente o governador se prontificou e enviou uma equipe da Cetesb, que é referência na América Latina em análises de águas", disse Ricardo Murad.

O Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Maranhão (Lacem) também foi chamada para verificar os micróbios e vírus que poderiam ser encontrados na água do mar. "O Lacem no início do problema, fez análises em diversos pontos das praias da capital e de São José de Ribamar e foi observado que em muitos pontos a poluição estava abaixo do permitido", disse Murad.

Já os técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), que avaliam a qualidade da água nas praias paulistas, estabeleceram estratégias corretivas e preventivas e até a erradicação dos pontos de lançamentos de esgotos nas praias, além de organizar um banco de dados para cada praia e suas respectivas bacias de drenagem.

A Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) junto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) fez uma pesquisa de campo e constatou que em diversos pontos o esgoto era jogado "in natura" nas praias. "Alguns hotéis e bares estavam jogando o esgoto direto nas águas das praias, em vez de levar os dejetos aos lugares próprios como os bueiros. Eles foram notificados e o problema foi resolvido. Hoje, em alguns pontos, não há sequer um ponto de esgoto que joga dejetos nas praias, como na Avenida Litorânea, por exemplo", disse ainda o secretário de Saúde.

Mais sujeira onde os rios desembocam

Os únicos pontos que continuarão interditados serão as fozes dos rios Calhau, Pimenta, Olho de Porco, Jaguarema, e Claro. "A partir das fozes desses rios e num raio de 300 metros, a interdição continuará devido a grande quantidade de esgoto que vem exatamente desses rios", confirmou o secretário. Murad informou ainda que esses rios receberão investimentos de despoluição e que os esgotos jogados "in natura", serão levados a estação de tratamento. "A Caema está investindo mais de 120 milhões de reais para melhorar o saneamento básico de São Luís. E num prazo de cinco anos todo o esgoto da capital passará por um tratamento para que seja jogados nas águas dos rios e das praias", finalizou.
"Além dos investimentos da Caema, que são de 127 milhões de reais em toda São Luís, o Ministério do Turismo estará investindo cerca de R$ 30 milhões melhorar a qualidade de vida da população e a qualidade da água que chega nas praias, além do saneamento básico necessário na orla marítima de São Luís", informou Murad.

Placas

As placas de aviso da balneabilidade serão retiradas ao longo da próxima semana, mas continuarão em alguns pontos que Cetesb e Lacem acharem necessário. "As placas serão mantidas em praias que ficam próximos as fozes dos rios citados e em pontos que os laboratórios acharem alguma alteração na qualidade da água. Isso será feito com regularidade e as placas serão movidas para onde for necessário", diz Vitor Mendes.
Na segunda-feira (15) serão apresentados os dados técnicos feitos pela Cetesb e pela Lacem. Segundo Vitor Mendes, a análise das águas será feita semanalmente e com o mesmo rigor. "A cada domingo pela manhã, técnicos dos laboratórios contratados pegarão mostras das águas de diversos pontos das praias e analisarão com total cuidado. Isso será algo rotineiro, o que antes não havia em São Luís. O problema sempte existiu, mas não tínhamos a cultura de analisar periodicamente as águas", finalizou.

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