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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Após 6 meses do crime, inquérito foi concluído e acusados aguardam julgamento

Em 116 dias, a polícia desvendou o assassinato de jornalista, prendeu acusados e concluiu inquérito. Processo se encontra em fase inicial na 1º Vara do Tribunal do Júri

   
Jhonatn de Sousa Silva, que assumiu o assassinato do jornalista Décio Sá, há seis meses, aguarda julgamento (HONÓRIO MOREIRA/OIMP/D.A PRESS)
Jhonatn de Sousa Silva, que assumiu o assassinato do jornalista Décio Sá, há seis meses, aguarda julgamento
Após seis meses da morte do blogueiro e jornalista Aldenísio Décio Leite de Sá, conhecido como Décio Sá, o processo de número 20550-432012, que trata sobre esse crime ainda se encontra em fase inicial, na 1º Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau.

Décio Sá foi morto no dia 23 de abril, com cinco tiros de pistola ponto quarenta disparado por Jhonatan de Sousa Silva, na Avenida Litorânea. O processo está sendo avaliado pela juíza titular dessa vara, Ariane Mendes Costa Pinheiro, segundo informações da assessoria de comunicação do fórum. Trata-se de fase de citação - quando são citados todos os envolvidos no crime que vitimou de forma fatal o jornalista.

Depois dessa etapa, o processo será encaminhado ao Ministério Público e, logo em seguida, começará a fase de instrução em que testemunhas e envolvidos serão ouvidos. Até o momento, não se pode afirmar se os envolvidos no caso irão ao júri popular.

Ainda de acordo com a assessoria, o inquérito só foi entregue no fórum no dia 23 de agosto. Um documento composto por mais de 1.970 páginas, distribuído em 31 volumes, sendo fruto do trabalho de investigadores da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e da comissão de delegados composta Jeffrey Furtado, Maymone Barros, Guilherme Sousa, Roberto Vagner, Roberto Larrat e Augusto Barros. Foram 116 dias de investigações até a conclusão do inquérito.

Treze pessoas já foram indiciadas no inquérito e entre os envolvidos estão Gláucio Alencar Pontes de Carvalho, 34 anos, apontado como um dos mandantes do crime e suspeito financiar a execução do jornalista; José de Alencar Miranda Carvalho, 72 anos, pai de Gláucio, também apontado como mandante e financiador do crime; o capitão da Polícia Militar, Fábio Aurélio Saraiva Silva, o "Fábio Capita", subcomandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, suspeito de fornecer a arma do crime; Jhonatan de Sousa Silva, 24 anos, acusado de ter executado Décio Sá, Fábio Aurélio do Lago e Silva, 32 anos, o "Bochecha"; José Raimundo Chaves Júnior, o "Júnior Bolinha", 38 anos, preso no Jardim Eldorado, suspeito de intermediar as ações do crime; e Airton Martins Monroe, 24 anos, suspeito de ter apresentado o executor do crime a "Júnior Bolinha".

Tiveram ainda pedido de prisão Shirliano Graciano de Oliveira, "Balão", Elker Farias Veloso, "Diego" e "Neguinho". No decorrer das investigações foram descobertas ações criminosas ocorrendo no estado há mais de 20 anos. Uma delas foi o esquema de agiotagem. No início do mês de julho, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) criou uma comissão de delegados para investigar esse tipo de crime.

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