Durante a operação, foram apreendidas redes de pesca fora dos padrões permitidos, armas de fogo, animais silvestres abatidos e peixes capturados com utilização de técnicas proibidas, como a pesca de "arrasto", "dobradão" e a decorrente de "tapagens".
Armadilhas irregulares foram retiradas dos rios e igarapés
A pesca de arrasto é feita com redes de malha fina de grande extensão, puxadas pelos pescadores, que revolvem o fundo do rio e capturam espécies em fase de desenvolvimento e a flora marítima, sem qualquer seleção. Dessa forma, boa parte dos peixes capturados é lançada de volta ao rio, já mortos, devido ao seu baixo valor comercial.
A pesca de dobradão é uma modalidade da pesca de arrasto ainda mais danosa ao meio ambiente, que consiste na utilização de duas malhas finas e sobrepostas, também de grande extensão, para capturar um maior número de peixes.
As tapagens, por sua vez, consistem em fechar a passagem de peixes grandes e pequenos nos rios e igarapés, com a colocação de cerca feita artesanalmente de talos, cipós e palha, tornando fácil sua captura pelo homem. Em algumas regiões do Maranhão também são utilizadas armadilhas, denominadas de manzuás.
Operação combateu a pesca predatória
Durante a fiscalização, as tapagens encontradas nos igarapés e no rio Mearim foram destruídas e os peixes que se encontravam presos às armadilhas foram liberados e devolvidos à água.
Os peixes apreendidos, que já haviam sido pescados e encontrados em poder dos pescadores, foram destinados à Associação da Caridade Social Maranhão Piauí Madre Rosa, em Bacabal, que trabalha com crianças e adolescentes carentes.
Os pescadores surpreendidos praticando crime ambiental foram conduzidos à Delegacia de Polícia para a instauração do procedimento investigatório policial cabível.
As fiscalizações continuarão acontecendo na região, principalmente durante o período da piracema, em que é proibida a pesca, por ser o momento de reprodução dos peixes.
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