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terça-feira, 22 de maio de 2012

Empresário acusado de cometer cerca de cinco homicídios no MA é preso no Pará

Investigadores da Delegacia Geral, da Polícia Civil do Maranhão, com apoio de policiais da cidade de Pacajá, no Pará, prenderam o empresário Edilson Alves Rocha, de 48 anos, natural da cidade de Nova Venécia, no Espírito Santo. Ele foi apresentado na tarde de ontem (21), na Superintendência de Polícia Civil do Interior, por ser acusado de, pelo menos, cinco assassinatos.
Segundo a delegada do Departamento de Missões Especiais, da Delegacia Geral, Nilmar da Gama Rocha, o caso está sendo investigado desde janeiro de 2010, quando uma caminhonete Blazer, pertencente a três caminhoneiros encontrados mortos em São Raimundo das Mangabeiras, foi achada na empresa Alto Maq, de propriedade de Edilson Rocha, localizada em Açailândia.
Foto: Alessandro Silva
Edilson teria cometido homicídios para ficar com veículos das vítimas
De acordo com a polícia, Edilson foi preso no último sábado (19), em uma área de difícil aceso, em Pacajá, onde montou uma madeireira, após sair do Maranhão às pressas, quando percebeu que estava sendo investigado. Ele foi trazido para a capital maranhense em um helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA). “Quando estávamos viajando para São Luís, ele chegou a dizer que ficaria feliz se o helicóptero caísse naquele momento para que nós dois fôssemos para o inferno”, revelou a delegada que comandou a operação.
Acusações – De acordo com a delegada Nilmar da Gama, no dia 17 de setembro de 2006, o corpo dos caminhoneiros Carlos Wilson da Silva, natural de Campina Verde (MG); José Caudy Gomes da Rocha, natural de Taguarana (AL); e Adão Pedro Soares da Rocha, de Coração de Jesus (MG), foram encontrados na cidade de São Raimundo das Mangabeiras. Eles estavam morando no estado de Goiás, foram mortos e tiveram roubados uma Blazer, um trator e um caminhão, que estavam em poder do empresário.
Em janeiro de 2010, a Blazer, que havia sido roubada dos caminhoneiros, foi encontrada no pátio da empresa de propriedade de Edilson, em Açailândia, quando tiveram início as investigações. Logo depois, segundo informou a polícia, ele foi flagrado com um caminhão que teria sido roubado e foi rastreado até o seu estabelecimento comercial.
Na ocasião, percebendo que o cerco estava se fechando, ele resolveu se apresentar na delegacia e informou que havia comprado o veículo de José Martins Lima, o “Zequinha Alejado”, muito conhecido na região Tocantina pela compra e venda de veículos suspeitos. Na época, Edilson teria conseguido convencer o delegado de que era vítima e que ajudaria na prisão de Zequinha.
Entretanto, segundo informou a delegada Nilmar, nesse mesmo dia o acusado teria entrado em contato com Zequinha e combinado com ele um encontro para efetuar o restante do pagamento do caminhão. No dia seguinte “Zequinha Alejado” e o motorista dele Claudisley Pires Cavalcante, foram encontrados mortos. “Eles foram torturados e, depois de executados, enterrados acorrentados”, revelou à delegada.
Edilson teria confirmado à polícia que, de fato, ligou para Zequinha, no entanto para atraí-lo até sua residência, conforme combinado com o delegado. Em depoimento, a mulher da vítima afirmou à polícia que o marido havia saído de casa, em Imperatriz, para se encontrar com Edilson. Um cheque do vereador de Açailândia Sininger Oliveira Júnior foi entregue à polícia pela mulher Zequinha, que afirmou que o cheque foi usado como parte do pagamento de Edilson para seu marido.
Em outubro do ano passado, a polícia conseguiu obter da Justiça um mandado de prisão temporária contra Edilson, que sumiu de Açailândia, voltando para o Pará. Lá, segundo a polícia, ele também teria sido preso depois de ser encontrado com um caminhão roubado, placas e documentos de vários veículos de procedência duvidosa.
Na tarde de ontem, ao ser apresentado na SPCI, Edilson se declarou inocente, afirmando que estava sendo vítima de uma perseguição. “Acho que estou sendo perseguido. Tenho endereço fixo e não reagir à prisão. Não aguento mais trabalhar sob pressão. Gostaria que me deixassem em paz. Já fui embora do Maranhão porque não aguentava mais isso”, declarou o acusado.

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