A Oi informou ainda que, técnicos da operadora foram deslocados para os locais mencionados e os serviços já estão normalizados.
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quinta-feira, 25 de abril de 2013
Rompimentos de cabos no Piauí deixa serviços da Oi fora do ar no Maranhão
A Oi informou ainda que, técnicos da operadora foram deslocados para os locais mencionados e os serviços já estão normalizados.
Chuvas ameaçam isolar cidades no interior do estado
Em Marajá do Sena e
no trecho entre Bom Jardim e São João do Carú, a infraestrutura
precária das estradas tem comprometido o acesso as cidades.
Lama,
pontes de madeira apodrecida, ausência de iluminação pública e
sinalização. O trecho intrafegável, sobretudo no período chuvoso, faz
parte dos 23 quilômetros da rodovia estadual 223, que liga Paulo Ramos a
Marajá do Sena.
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Segundo
o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marajá do
Sena é uma das cidades mais pobres do país e, até o momento, a população
é transportada em caminhões, em estruturas conhecidas como “pau de
arara”.
Após o povoado de Nova Olinda, de acordo com os
moradores, uma viagem que deveria ser feita em apenas quinze minutos
acaba levando uma hora e meia. Nesse período chuvoso, a lama toma conta
de toda a extensão da estrada, sendo que em determinados pontos, nem
mesmo motocicletas, um dos meios de transporte usados no local, não pode ser utilizado por conta das péssimas condições do trecho.
“Deus nos acuda”. Esta foi a expressão utilizada pelo morador da cidade, Wellington Lima,
ao relatar a situação da MA-223. Ele falou que todos os anos, no
período chuvoso, o município fica praticamente isolado do restante das
outras cidades. Além da estrada ficar intransitável os alagamentos são
constantes.
Confira a reportagem completa na edição impressa desta quinta,25, em O Imparcial.
Escutas telefônicas revelam envolvidos em agiotagem no Maranhão
Deputados, policiais, delegado e prefeitos teriam participação na quadrilha.
SÃO LUÍS – A morte do jornalista da editoria de política de O Estado do Maranhão,
Décio Sá, completou, na última terça-feira (23), exato um ano. Décio
foi morto a tiros no dia 23 de abril de 2012, em um bar da Avenida
Litorânea, em São Luís. O motivo do crime foram as denúncias realizadas
pelo jornalista, em seu blog, sobre uma quadrilha de agiotas que
atuava no Maranhão. Um consórcio formado por empresários encomendou a
execução do jornalista. Desde segunda-feira (22), a TV Mirante vem mostrando com exclusividade, no JMTV 2ª Edição, partes da investigação sobre o assassinato do jornalista.
A
quadrilha, que atuava no desvio de verbas de merenda escolar e em crime
de agiotagem, começou a ter prejuízo a partir da publicação de
reportagens no Blog do Décio. A polícia descobriu, por meio de escutas
telefônicas autorizadas pela Justiça, ramificações da quadrilha
comandada por Gláucio Alencar e seu pai, José Alencar de Miranda. De
acordo com as investigações, o grupo fazia empréstimos a prefeitos
enquanto eles ainda eram candidatos, o pagamento era feito com o
dinheiro público depois que eles eram eleitos. Segundo a polícia, mais
de R$ 100 milhões teriam sido desviados das prefeituras do Maranhão.
O
relatório de investigação aponta que Franklin Neto, vereador da cidade
de Raposa, seria uma pessoa de confiança dos agiotas, chegando a
intermediar negócios com prefeituras da Grande São Luís. Ao ser
questionado pela equipe da TV Mirante, Franklin Neto negou
qualquer envolvimento com a quadrilha. Em um processo de 2009, o avô do
vereador, o advogado José Franklin Skeff Sebá, aparece como defensor do
assassino confesso do jornalista Décio Sá, Jhonatan de Sousa Silva, na
cidade de Xinguara, no Estado do Pará, onde respondia por um homicídio.

Tempos
depois, Jhonatan de Sousa Silva, admitiu ter sido contratado pela
quadrilha para matar duas pessoas. O fato de o avô de Franklin Neto ter
defendido Jhonatan, leva a polícia a acreditar que o vereador, de fato,
teria envolvimento com a quadrilha de agiotas. José Franklin Skeff Seba,
em entrevista à TV Mirante, por telefone, assumiu ter defendido Jhonatan em 2010, por duplo homicídio, mas negou qualquer ligação com a agiotagem.
Durante
depoimentos, o pistoleiro confessou os crimes em Santa Inês, além de
ter matado Fábio Brasil no Piauí e Décio Sá em São Luís. Além disso,
afirmou que o deputado estadual Raimundo Cutrim, também, teria
envolvimento com a quadrilha de agiotagem. Em conversas gravadas entre
integrantes da quadrilha, o nome do deputado também é citado. (Ouça no
áudio). Raimundo Cutrim afirmou que nunca se envolveu com agiotas, mas
admite conhecer Gláucio Alencar e o Júnior Bolinha, com o qual contratou
serviços.
Para a polícia conseguir avançar nas
investigações sobre o suposto envolvimento de Raimundo Cutrim no esquema
de agiotagem, é necessária uma autorização do Tribunal de Justiça, que
nunca foi concedida.

As
investigações apontam, ainda, que dois policiais civis, identificados
como Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros, faziam parte da
organização criminosa. Eles trabalhavam na Superintendência Estadual de
Investigação Criminal (Seic), justamente no departamento que investiga a
quadrilha. Após serem descobertos, os policiais foram afastados do
serviço e indiciados por participação na morte de Décio Sá. Além de
policiais civis, um capitão da Polícia Militar, identificado como Fábio
Aurélio Saraiva Filho, conhecido como “Fábio Capita”, foi preso acusado
de envolvimento em duas mortes que teriam sido planejadas pelos agiotas.
Ele foi acusado de envolvimento na morte de Fábio Brasil, além de ter
sido apontado por Jhonatan como fornecedor da arma usada para matar o
jornalista Décio Sá. Apesar de a arma estar com a numeração raspada, a
polícia conseguiu identificar que a munição usada no crime pertence a
Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA), que foi destinada
às policias Civil e Militar do Estado.
Neste mês, Fábio Capita conseguiu Habeas Corpus no caso do assassinato de Décio, mas vai continuar detido por causa do assassinato de Fábio Brasil no Piauí.
Um
delegado da Polícia Federal, identificado como Pedro Meireles, também
teria envolvimento no esquema de agiotagem. Segundo as investigações,
Pedro Meireles, é quem investigava irregularidades de prefeituras
maranhenses. Para a polícia, ele era quem esquematizava operações para
pressionar os prefeitos que não pagavam os agiotas.
Para
confirmar o envolvimento de Pedro Meireles com a quadrilha, o
ex-prefeito de Serrano do Maranhão, Vagno Pereira, conhecido como
“Banga”, concedeu entrevista à rádio Mirante AM, em agosto do ano
passado, onde afirmou que foi ameaçado pela quadrilha de agiotas porque
não quis pagar uma dívida de R$ 200 mil.
Vagno
Pereira alegou que foi preso em 2010, em uma operação da Polícia
Federal, armada por Pedro Meireles, por conta da dívida com a quadrilha.
O delegado também foi citado em outros depoimentos de testemunhas e
aparece em conversas de grampos telefônicos que monitorava a quadrilha.
(Ouça no áudio).
O delegado foi procurado pela equipe de reportagem da TV Mirante,
mas não quis gravar entrevista. Em nota, a Polícia Federal disse que já
está apurando as denúncias contra Pedro Meireles, mas que só vai se
manifestar quando as investigações estiverem concluídas.
Procurado pela TV Mirante,
o advogado de Gláucio, Ronaldo Henrique também não quis gravar
entrevista. Já os policiais, Alcides Nunes e Joel Durans, indiciados e
afastados da função, não foram encontrados para falar sobre o assunto.
As
investigações sobre os crimes de agiotagem no Maranhão, ainda, não
foram concluídas. A polícias acredita ainda que haja a participação de
deputados e até de juízes no esquema de agiotagem no Maranhão.
Homem é assassinado a tiros em Imperatriz
A vítima era conhecida como “loucura”.

IMPERATRIZ - O crime aconteceu no início da tarde desta quinta-feira
(25). Segundo informações da Central de Ocorrências da Polícia Militar
(Copom), o homem identificado apenas pelo apelido, “loucura”, foi morto
com cinco tiros, na rua João Menezes, bairro Boca da Mata. Os dois
suspeitos estavam em uma motocicleta preta, modelo titan. Um deles
vestia uma camisa de cor preta e o outro uma blusa de cor cinza.
“Loucura”
morava no mesmo bairro, próximo ao local do crime. De acordo com as
primeiras informações apuradas pelos policiais, com os moradores, ele já
havia sido preso na CCPJ, por furto e assalto.
Ministério Público pede a interdição da delegacia de Bom Jardim
Prédio tem rachaduras nas paredes e sujeira acumulada.
Estado afirma que plano de obras e reformas inclui o município.
O Ministério Público pediu na Justiça a interdição da delegacia de Bom Jardim,
que funciona numa casa em condições precárias. Depois de algumas
visitas à casa onde funciona a Delegacia de Polícia Delegacia da Polícia
Civil e também a carceragem, a promotora de justiça Cristiane dos
Santos resolveu entrar com uma ação civil pública contra o Estado.
“Houve a instauração de um inquérito civil, foram feitos relatórios e foi constatado que no local realmente não há condições dos presos permanecerem”, disse a promotora.
Há rachaduras nas paredes. Na oficina de arte da delegacia a situação está bastante complicada. A impressão que se tem é que ela pode cair a qualquer momento. A fiação é improvisada em uma parede, que fica fora das celas. Quando chove, a água fica infiltrada nas paredes e acumulada no chão da carceragem. “Nos banheiros tem barata demais”, reclamou o detento Edinaldo dos Santos.
O lixo se acumula em muitos locais. O mau cheiro é forte. Das seis celas que existem, uma está interditada, outra tem apenas um preso, isolado dos demais por ser extremamente agressivo. Restam apenas quatro celas para cerca de 20 presos.
Segundo a promotora, na cadeia não há carcereiro. “Existe apenas uma pessoa exercendo a função no momento, que na verdade não é carcereiro. Ele é uma pessoa cedida pela Prefeitura de Bom Jardim. Quem faz a segurança dos presos são os investigadores de polícia, comprometendo imensamente o trabalho da polícia judiciária de Bom Jardim”, disse a promotora.
Em nota, a Superintendência de Polícia Civil do interior informou que não foi comunicada oficialmente sobre a interdição da Delegacia de Bom Jardim. De acordo com o superintendente, Jair de Paiva Lima, o distrito policial do município está incluído no plano de obras e reformas que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública.
A Secretaria aguarda apenas a assinatura do Termo de Doação de um terreno pela prefeitura municipal para dar início as obras. A Secretaria de Segurança Pública enviará na próxima semana, técnicos e engenheiros a Bom Jardim para realizar uma avaliação na delegacia.
“Houve a instauração de um inquérito civil, foram feitos relatórios e foi constatado que no local realmente não há condições dos presos permanecerem”, disse a promotora.
Há rachaduras nas paredes. Na oficina de arte da delegacia a situação está bastante complicada. A impressão que se tem é que ela pode cair a qualquer momento. A fiação é improvisada em uma parede, que fica fora das celas. Quando chove, a água fica infiltrada nas paredes e acumulada no chão da carceragem. “Nos banheiros tem barata demais”, reclamou o detento Edinaldo dos Santos.
O lixo se acumula em muitos locais. O mau cheiro é forte. Das seis celas que existem, uma está interditada, outra tem apenas um preso, isolado dos demais por ser extremamente agressivo. Restam apenas quatro celas para cerca de 20 presos.
Segundo a promotora, na cadeia não há carcereiro. “Existe apenas uma pessoa exercendo a função no momento, que na verdade não é carcereiro. Ele é uma pessoa cedida pela Prefeitura de Bom Jardim. Quem faz a segurança dos presos são os investigadores de polícia, comprometendo imensamente o trabalho da polícia judiciária de Bom Jardim”, disse a promotora.
Em nota, a Superintendência de Polícia Civil do interior informou que não foi comunicada oficialmente sobre a interdição da Delegacia de Bom Jardim. De acordo com o superintendente, Jair de Paiva Lima, o distrito policial do município está incluído no plano de obras e reformas que vem sendo desenvolvido pela Secretaria de Segurança Pública.
A Secretaria aguarda apenas a assinatura do Termo de Doação de um terreno pela prefeitura municipal para dar início as obras. A Secretaria de Segurança Pública enviará na próxima semana, técnicos e engenheiros a Bom Jardim para realizar uma avaliação na delegacia.
Agiotas mantinham ligações com policiais e políticos

As fraudes, segundo a Polícia e o Ministério Público, envolveram prefeituras municipais no período de 2009 a 2012. Para financiar suas campanhas, os gestores contraíam empréstimos com a quadrilha, que pegava dinheiro público como pagamento. O bando era comandado pelo empresário Gláucio Alencar e o pai dele, José Alencar de Miranda e teria desviado mais de R$ 100 milhões das prefeituras maranhenses, de acordo com as investigações.
Em uma das ligações aparecem o advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro, e uma pessoa identificada apenas como Rodrigo.
- e aí, ladrão?
- tu é empresário de quê? Tu é empresário de quê?
- mas rapaz...
- tu é ladrão de dinheiro público, rapá (risos)
Depois um vereador da região metropolitana de São Luís entra na conversa....
- cadê Franklin Neto?
- tá aqui esse ladrão. Peraí.
Fn: “esperando tu me ligar, até agora”.
- ainda nem almocei. Você tá onde, sô!
Fn: “nós estamos aqui, conspiraaaaaannnnndo.”
Flanklin Neto, que aparece na gravação é vereador da cidade de Raposa. Ele seria uma pessoa de confiança dos agiotas para intermediar negócios com prefeituras da região metropolitana de São Luís, conforme aponta esse relatório de investigação – a que a TV Mirante teve acesso. Procurado pela reportagem, Flanklin Neto, negou envolvimento com o grupo.
Para a polícia, além de ligações telefônicas, esse seria mais um indício do elo entre o vereador Flanklin Neto e a quadrilha de agiotas.
Por telefone, o avô de Flanklin Neto, que mora em Santa Inês, negou qualquer ligação com agiotagem, mas admitiu que também defendeu o pistoleiro num duplo homicídio ocorrido em outubro de 2010. “Envolveram nosso nome porque na verdade nós fomos advogado dele aqui em Santa Inês, mas não interferiu em nada. Não houve qualquer decisão aqui favorável a ele, né?”, argumentou Seba
No primeiro depoimento que prestou à polícia, Jhonatan de Sousa Silva envolveu ainda o nome de uma outra autoridade, que estaria por trás dos crimes encomendados pela quadrilha de agiotas, o deputado estadual Raimundo Cutrim, ex-secretário de Segurança Pública do Maranhão.
O nome dele também aparece em conversas entre integrantes do grupo de agiotas. Numa das conversas, um membro da organização criminosa, Fábio Aurélio do Lago e Silva, o Buchecha, conversa com uma pessoa não identificada. Ele diz que um outro integrante do grupo, Junior Bolinha, teria se livrado de uma armadilha, feita por Gláucio Alencar, por causa de uma intervenção do deputado.
A conversa se refere a um encontro que houve no escritor de um advogado acusado de fazer parte da quadrilha. De acordo com a polícia, houve uma discussão entre Gláucio Alencar e Junior Bolinha, apontados como mandante e contratante do pistoleiro para matar Fábio Brasil e Décio Sá.
Bolinha teria ido pedir mais dinheiro para Gláucio, que contratou os serviços. Por sua vez, Glaucio se recusou e chamou dois policiais que davam proteção à quadrilha para expulsar junior bolinha do escritório. Bolinha então teria ligado para o deputado para amenizar a situação.
O escritório pertence a Ronaldo Henrique Santos Ribeiro, advogado de Gláucio e também indiciado pela morte de Décio Sá.
Policiais
Os policiais civis Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros trabalhavam na Superintendência de Investigações Criminais (Seic), o departamento da polícia que justamente investiga os agiotas.
Eles também são acusados de fazer parte da organização criminosa e foram indiciados por participação na morte de Décio Sá. Os dois foram afastados do serviço.
O deputado Raimundo Cutrim diz que nunca se envolveu com agiotas. E que conhece pouco sobre os integrantes do grupo.
A polícia diz não conseguiu avançar nas investigações sobre o suposto envolvimento do deputado no esquema de agiotagem porque para investigar o parlamentar depende uma autorização, que nunca saiu do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA).
Em nota, a corregedoria do TJ informou que o pedido foi feito à presidência do Tribunal no dia 29 de agosto de 2012, pela juíza Ariane Mendes. Caberia à presidência tomar as medidas para que a investigação prosseguisse. A presidência do Tribunal de Justiça foi procurada por duas semanas pela nossa equipe, mas não se manifestou sobre o assunto.
As investigações apontaram também para o envolvimento no esquema de agiotagem e assassinatos de um capitão da polícia militar: Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita. Ele está preso acusado de envolvimento nas duas mortes que teriam sido arquitetadas pelos agiotas. Ele estaria envolvido na morte de Fábio Brasil e teria fornecido a arma para o pistoleiro matar o jornalista Décio Sá, conforme o matador disse em depoimento.
A perícia não conseguiu identificar a numeração da arma – que foi raspada, mas apurou que a munição usada no crime era da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA)– e foram destinadas às polícias Militar e Civil.
O depoimento de um outro membro da quadrilha, Fábio Aurélio do Lago e Silva – o Buchecha, também foi fundamental para ligar Capita ao grupo de agiotas.
Neste mês, depois ter o habeas corpus negado por seis vezes, Fábio Capita conseguiu o direito de responder em liberdade pelo assassinato de Décio Sá, mas vai ser transferido para o Piauí, onde vai permanecer detido por causa do assassinato de Fábio Brasil.
A Polícia Civil do Maranhão também acionou a Polícia Federal para ajudar na investigação da agiotagem porque haveria indícios do envolvimento de um delegado federal no esquema. Pedro Meireles é quem investigava irregularidades de prefeituras maranhenses. A polícia suspeita que ele montava operações para pressionar prefeitos que não pagavam os agiotas.
Numa entrevista à Rádio Mirante AM, em agosto do ano passado, o ex-prefeito de Serrano do Maranhão, Vagno Pereira, conhecido como Banga, disse que foi ameaçado pela quadrilha de agiotas porque não quis pagar uma dívida de R$ 200 mil. Na época, ele alegou que foi preso em 2010 numa operação da Polícia Federal “armada” pelo delegado Meirelles, por causa da dívida com a quadrilha.
Pedro Meirelles também foi citado na polícia em outros depoimentos de testemunhas. O delegado da polícia federal aparece ainda em grampos telefônicos que monitoravam a quadrilha.
O advogado de Gláucio também ligou para a então namorada do delegado Pedro Meirelles, chamada Andreia.
Ronaldo: - Andrea;
Andrea: - oi Ronaldo.
Ronaldo: - pois é. Tá todo mundo surpreso com isso, viu.
Andrea: - eu imagino. Eu também fiquei muito surpresa. Eu não imaginava não, viu.
Ronaldo: não. Tu é doido, pô. Ele (gláucio) tá desesperado, dizendo “ronaldo, eu tô pagando uma coisa... Tão me chamando de assassino, cara. Eu não fiz isso.”
Andrea: -Ronaldo, me desculpe, mas eu acredito que tenha feito. A minha surpresa é que eu não imaginava que ele fosse capaz de fazer isso, mas me desculpe, você, pedro... Ninguém me engana que vocês todos estão enrolados.
Andreia não foi encontrada para comentar a ligação. O delegado Pedro Meirelles não quis gravar entrevista.
Em nota, a Polícia Federal diz que está apurando as denúncias contra o delegado, mas que só vai se manifestar sobre o assunto quando as investigações estiverem concluídas.
O advogado de Gláucio, Ronaldo Henrique, indiciado e citado várias vezes nos diálogos, não quis gravar entrevista.
Os policiais civis indiciados e afastados da função, Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros não foram encontrados pela reportagem.
O inquérito da Polícia Civil sobre agiotagem no Maranhão ainda não foi concluído. A polícia ainda investiga outros grupos de agiotas; a participação de deputados e até de juízes no esquema.
Veja quem são os gestores envolvidos com esquema de agiotas
Investigações da morte de Décio Sá apontaram para esquema milionário.
Recursos eram desviados de programas federais como Pnae e FPM.
O G1 fez o levantamento no site do Tribunal Regional
Eleitoral do Maranhão dos nomes dos gestores que estavam à frente dos 41
municípios investigados pela polícia e Ministério Público por
paticipação no esquema milionário de agiotagem no Maranhão, no período
de 2009 a 2012. O assunto veio à tona com a apuração da morte do
jornalista Décio Sá, executado a tiros há um ano, por denunciar a
atuação da quadrilha de agiotas.
A lista com o nome das 41 prefeituras foi divulgada nesta terça-feira (23) pela polícia.
De acordo com as investigações, a transação tinha início nas eleições.
Para financiar suas campanhas, os gestores contraíam empréstimos com a
quadrilha, que, como pagamento, recebia dinheiro público, por meio de
facilitação em licitações de merenda escolar, medicamentos e programas
federais.
O bando montava empresas de fachada para vencer licitações direcionadas e utilizava ‘laranjas’, entre eles pessoas que já faleceram. Os recursos saíam direto de contas de programas federais – como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O chefe da quadrilha era Gláucio Alencar e o pai dele, José de Alencar Miranda Carvalho, que estão presos desde o ano passado, acusados de serem os mandantes da morte do empresário Fábio Brasil, em Teresina. A vítima seria um ex-sócio do grupo, que deu um calote na quadrilha. Os dois também são acusados do assassinato do jornalista Décio Sá, que apontou, em seu blog, indícios da participação do grupo no crime do Piauí.
Confira os nomes:
Apicum-Açu: Sebastião Lopes Monteiro
Arari: Leão Santos Neto
Bacabal: Raimundo Nonato Lisboa
Brejo: José Farias de Castro
Cajapió: Francisco Xavier Silva Neto
Cândido Mendes: José Haroldo Fonseca Carvalho
Cantanhede: José Martinho dos Santos Barros
Caxias: Humberto Ivar Araújo Coutinho
Coelho Neto: Soliney de Sousa e Silva
Cururupu: José Francisco Pestana
Dom Pedro: Maria Arlene Barros Costa
Lago Verde: Raimundo Almeida
Lagoa Grande: Jorge Eduardo Gonçalves de Melo
Magalhães de Almeida: João Cândido Carvalho Neto
Marajá do Sena: Manoel Edvan Oliveira da Costa
Mirador: Joacy de Andrade Barros
Miranda do Norte: José Lourenço Bonfim Júnior
Mirinzal: Ivaldo Almeida Ferreira
Nina Rodrigues: Iara Quaresma do Vale Rodrigues
Paço do Lumiar: Glorismar Rosa Venancio
Pastos Bons: Enoque Ferreira Mota Neto
Paulo Ramos: Tancledo Lima Araújo
Penalva: Maria José Gama Alhadef
Pindaré Mirim: Henrique Caldeira Salgado
Pinheiro: José Arlindo Silva Sousa
Rosário: Marconi Bimba Carvalho de Aquino
Santa Luzia: Márcio Leandro Antezana Rodrigues
Santa Luzia do Paruá: José Nilton Marreiros Ferraz
São Domingos do Azeitão: Sebastião Fernandes Barros
São Domingos do Maranhão: Kleber Alves de Andrade
São Francisco do Brejão: Alexandre Araújo dos Santos
São João do Sóter: Luiza Moura da Silva Rocha
São Luís: João Castelo Ribeiro Gonçalves
Serrano do Maranhão: Leocádio Olimpio Rodrigues
Sucupira do Riachão: Juvenal Leite de Oliveira
Timon: Maria do Socorro Almeida Waquim
Turilândia: Domingos Sávio Fonseca Silva
Tutóia: Raimundo Nonato Abraão Baquil
Urbano Santos: Abnadab Silveira Leda
Vargem Grande: Miguel Rodrigues Fernandes
Zé Doca: Raimundo Nonato Sampaio
A lista com o nome das 41 prefeituras foi divulgada nesta terça-feira (23) pela polícia.
O bando montava empresas de fachada para vencer licitações direcionadas e utilizava ‘laranjas’, entre eles pessoas que já faleceram. Os recursos saíam direto de contas de programas federais – como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
O chefe da quadrilha era Gláucio Alencar e o pai dele, José de Alencar Miranda Carvalho, que estão presos desde o ano passado, acusados de serem os mandantes da morte do empresário Fábio Brasil, em Teresina. A vítima seria um ex-sócio do grupo, que deu um calote na quadrilha. Os dois também são acusados do assassinato do jornalista Décio Sá, que apontou, em seu blog, indícios da participação do grupo no crime do Piauí.
Confira os nomes:
Apicum-Açu: Sebastião Lopes Monteiro
Arari: Leão Santos Neto
Bacabal: Raimundo Nonato Lisboa
Brejo: José Farias de Castro
Cajapió: Francisco Xavier Silva Neto
Cândido Mendes: José Haroldo Fonseca Carvalho
Cantanhede: José Martinho dos Santos Barros
Caxias: Humberto Ivar Araújo Coutinho
Coelho Neto: Soliney de Sousa e Silva
Cururupu: José Francisco Pestana
Dom Pedro: Maria Arlene Barros Costa
Lago Verde: Raimundo Almeida
Lagoa Grande: Jorge Eduardo Gonçalves de Melo
Magalhães de Almeida: João Cândido Carvalho Neto
Marajá do Sena: Manoel Edvan Oliveira da Costa
Mirador: Joacy de Andrade Barros
Miranda do Norte: José Lourenço Bonfim Júnior
Mirinzal: Ivaldo Almeida Ferreira
Nina Rodrigues: Iara Quaresma do Vale Rodrigues
Paço do Lumiar: Glorismar Rosa Venancio
Pastos Bons: Enoque Ferreira Mota Neto
Paulo Ramos: Tancledo Lima Araújo
Penalva: Maria José Gama Alhadef
Pindaré Mirim: Henrique Caldeira Salgado
Pinheiro: José Arlindo Silva Sousa
Rosário: Marconi Bimba Carvalho de Aquino
Santa Luzia: Márcio Leandro Antezana Rodrigues
Santa Luzia do Paruá: José Nilton Marreiros Ferraz
São Domingos do Azeitão: Sebastião Fernandes Barros
São Domingos do Maranhão: Kleber Alves de Andrade
São Francisco do Brejão: Alexandre Araújo dos Santos
São João do Sóter: Luiza Moura da Silva Rocha
São Luís: João Castelo Ribeiro Gonçalves
Serrano do Maranhão: Leocádio Olimpio Rodrigues
Sucupira do Riachão: Juvenal Leite de Oliveira
Timon: Maria do Socorro Almeida Waquim
Turilândia: Domingos Sávio Fonseca Silva
Tutóia: Raimundo Nonato Abraão Baquil
Urbano Santos: Abnadab Silveira Leda
Vargem Grande: Miguel Rodrigues Fernandes
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