O Estado é o 10º do país em registros de assaltos a caixas eletrônicos –
dentro e fora das agências. Foram registrados 36 casos ano passado,
contra 23 em 2011 – um crescimento 56,52% nos registros. Os dados são
pesquisa nacional da Confederação dos Vigilantes. Os casos abrangem
tentativas de assaltos e assaltos consumados, além de arrombamentos a
caixas eletrônicos. No Brasil, os ataques aos caixas cresceram 50,48% em
2012 com 1.261 ocorrências; em 2011, foram 753 ataques.
Considerando
os dados do Sindbancários, o número de assaltos às agências diminuiu em
100%: de 12 casos em 2011 para cinco em 2012. No entanto, os
arrombamentos de caixas eletrônicos subiram mais de 90%: em 2011 foram
36 casos e em 2012, 67 ocorrências. Segundo o setor de ocorrências a
bancos da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic),
apesar de várias quadrilhas terem sido desarticuladas no estado, o
combate a este tipo de crime é mais difícil pela abordagem dos suspeitos
ser mais discretos, as ações serem realizadas geralmente à noite,
possuem equipes mistas de pessoas da região e que vem de fora e andar
com equipamentos como serras e maçaricos, cuja posse não constitui
necessariamente crime.
O alto risco de assaltos e insegurança de
funcionários e clientes levou à desativação de caixas eletrônicos em
parte dos estabelecimentos comerciais, postos de combustíveis e órgãos
públicos na capital. Farmácias e supermercados, por exemplo, estão
abrindo mão do serviço frente ao perigo que pode causar. O caso mais
recente foi o arrombamento de um terminal de caixa eletrônico do Banco
do Brasil, que funcionava dentro da Secretaria Municipal de Obras e
Serviços Públicos (Semosp), na madrugada do último sábado. O equipamento
está desativado.
Segundo dados do Sindicato dos Bancários do
Maranhão (Sindbancários), de janeiro de 2011 a 1º deste mês, foram
registrados 20 ocorrências a caixas eletrônicos em comércios e prédios
públicos. Por causa do problema, houve desativação destes terminais no
Távola Center (Areinha), na Secretaria Municipal de Saúde (Parque Bom
Menino), no Moraes Center (Cohafuma) e de uma farmácia na feira da
Liberdade.
Sem se identificar, um funcionário de escritório no
Távola Center disse que, sem segurança, não vale a pena ter o serviço.
“Por se tratar de espaços privados, os bancos não se responsabilizam
pela segurança, então, o cliente fica muito exposto e alvo fácil de
bandidos”, disse ele, que prefere enfrentar as filas nas agências a
utilizar os caixas eletrônicos em alguns estabelecimentos.
Os
principais alvos são equipamentos do Banco do Brasil, seguido pelo
Bradesco, Santander e Caixa Econômica Federal. A capital concentra o
maior número de casos, mas municípios do interior também registraram
ocorrências deste tipo. Terminais em Grajaú, Araguanã e São Pedro de
Água Branca também foram alvo da ação de suspeitos, de acordo com os
dados do Sindbancários. Os estabelecimentos comerciais são os mais
visados, seguido por órgãos públicos.
Segundo o Núcleo de
Comunicação, Patrocínios e Eventos do Banco do Brasil, foram registradas
três ocorrências deste tipo de ação, desde janeiro. Para dispor o
serviço em pontos comerciais é considerada “a reciprocidade do órgão
público ou cliente”. Para desativar o serviço, cabe a qualquer uma das
partes, de acordo com a conveniência de cada um. Já a segurança, cabe ao
estabelecimento onde o terminal está instalado. A reportagem procurou
ainda a assessoria da Caixa Econômica Federal (CEF), mas não obteve
retorno até o fechamento da edição.
MEMÓRIA//Arrombamento
O
caixa eletrônico localizado na sede da Semosp, na avenida Guajajaras,
foi arrombado por volta da meia noite do último sábado. Segundo as
informações, dois homens armados participaram da ação. Eles renderam e
amarraram o vigilante do local para praticar o assalto. Não foi
informado se alguma quantia foi levada. O caso foi registrado da
Delegacia da Cidade Operária (Decop).
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