BANNER CULTURA FM É TUDO DE BOM

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Polícia Federal constata desvio de R$28 milhões da educação

Polícia Federal conclui investigação e indicia ex-prefeita de Paço do Lumiar, Bia Venâncio, por lavagem de dinheiro, fraude em licitações e formação de quadrilha.

"Todos os processos licitatórios feitos durante a gestão de Bia Venâncio na prefeitura de Paço do Lumiar relacionados à educação, entre 2009 e 2011, estavam fraudados", afirmou o delegado regional de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Alexandre Lucena. Os detalhes do relatório final sobre a operação foram remetidos ontem para os meios de comunicação. De acordo com o Alexandre Lucena, os trabalhos investigativos ficaram concentrados sobre os desvios da educação, como os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e o Programa Nacional de Transporte Escolar. 

O delegado ainda informou que o relatório tem 2.300 páginas, além de áudio, filmagens, escutas e outros procedimentos que foram feitos durante a investigação. Os trabalhos investigativos começaram em 14 de setembro de 2010, justamente, no período em que o procurador da República, Israel Gonçalves, consolidou a denúncia sobre fraude na cidade de Paço do Lumiar. A partir dessa data, o delegado Felipe Soares e equipe começaram a traçar os trabalhos. 

Alexandre Lucena falou que primeiramente, o inquérito tramitou junto ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 1º Região pelo fato de Bia Venâncio, naquele momento ainda está exercendo a função de gestora de Paço do Lumiar, mas com o afastamento da prefeita do cargo a atribuição passou a ser da Justiça Federal em São Luís. No decorrer da investigação, 20 pessoas foram indiciadas, seis veículos apreendidos e, aproximadamente, R$ 350 mil foram apreendidos e depositados judicialmente.

Também foi adotada como medida cautelar, o uso de tornozeleiras eletrônicas pelos indiciados, com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (Depen/MJ). Na última quarta-feira, o inquérito foi remetido para a Justiça Federal e a continuidade do monitoramento eletrônico dos indiciados ficará a cargo do juiz responsável pelo andamento do processo. Alexandre Lucena não deixou de frisar que o Ministério Público Federal (MPF) vai tomar as devidas providências para que os R$ 28 milhões retornem aos cofres públicos federais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário