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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Bombeiros registram 263 focos de incêndios na área urbana de São Luís

   

o último incêndio foi registrado na Litorânea, na sexta-feira, 28.
o último incêndio foi registrado na Litorânea, na sexta-feira, 28.
O número de focos de incêndio em São Luís tem crescido consideravelmente, tanto que só em agosto foram 263 ocorrências registradas pelo Corpo de Bombeiros e a ação humana é a principal causa para tamanha proporção. Esse número ainda pode aumentar mais porque de acordo com a meteorologista do Núcleo Geoambiental da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Andréa Cerqueira, estamos no período seco desde o mês de agosto e com pouquíssimas chuvas e só em dezembro está previsto para ocorrer as primeiras chuvas significativas do período chuvoso, além disso, as chuvas intensas também estão previstas para esse mês também. De modo que com o tempo seco os incêndios se alastram fácil e rapidamente.

Segundo Cerqueira embora na sexta-feira tenha sido registrado chuva em São Luis, ela ocorreu de forma rápida e pouco significativa, o que não representa nenhuma anomalia, pois como nessa época do ano os ventos que sopram do mar são mais intensos, eles podem trazer nuvens que causam chuvas rápidas e isoladas, como essa do dia 28.

Então os incêndios ainda podem ocorrer sim e a qualquer hora do dia. As principais causas deles principalmente na capital são caracterizadas pelo fato das temperaturas estarem mais altas e a umidade a do ar mais baixa. "Ainda temos que observar que com os ventos mais intensos, os focos podem se alastrar mais rapidamente e provocar grandes incêndios. Portanto, é importante que as pessoas evitem provocar queimadas de lixo e jogar bagana de cigarro acessa em área vegetada", alertou a meteorologista.

De acordo com o major Teixeira, da Defesa Civil, as principais queimadas ultimamente tem sido nos bairros Calhau, Turu, Araçagi, Olho d'Água, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, pois nesses locais há grande quantidade de terrenos baldios e de dunas.
a fumaça causa transtorno no trânsito e incomoda pessoas que frequentam locais atingidos.
a fumaça causa transtorno no trânsito e incomoda pessoas que frequentam locais atingidos.

COMBATE
Para o possível combate dos incêndios na capital, o major Teixeira, alertou que as pessoas evitem botar fogo entre o horário de 10h às 17h, não usarem queimadas como forma de limpeza de terreno, se usar que seja de maneira correta, em pequenas áreas e fácil para controlar com o intuito de não propagar. Além disso, explicou que caso haja incêndios de grandes proporções é preciso que liguem para o 193 logo de início, pois quanto mais demorar mais difícil será para apagá-lo e por último não devem jogar pontas de cigarros em área de risco.

A professora Rose Carreira que mora há exatos três meses nas proximidades da Litorânea explicou que já se tornou quase comum os incêndios tomarem conta da região e que por várias vezes já presenciou o ato, considerado por ela, de descuido. "Acredito que isso acontece por conta de descuido, pois não vejo as gramas serem umedecidas em nenhum momento e isso nos prejudica bastante porque passamos a viver sem tranquilidade, pois a qualquer hora pode está acontecendo", disse Rose.

Ela explicou ainda que até o momento as proporções não tem sido maiores pelo fato de ainda não haver nenhum indicio de morte, mas que como os incêndios ultimamente tem sido maior na Litorânea os ricos são grandes e devem ser mais preocupantes por sempre acontecerem próximos a avenidas movimentadas, com trânsitos complicados "e assim os bombeiros não dão conta de apagar tanto incêndio. Aqui em São Luís é muito quente e as chances de perigos tem sido maiores também e ninguém está protegido das complicações".

No início da tarde do último domingo um incêndio considerado de proporções medianas atingiu uma área de proteção permanente, na Praia de São Marcos e próximo ao Clube do Ipem. O fogo tomou conta mais uma vez de um dos morros das praias da capital, subiu e atingiu até a Rua Engenheiro Rui Ribeiro Mesquita, no Calhau, onde tem muita vegetação e se aproximou do vários prédios e carros que ali se encontravam no momento. De acordo com informações obtidas no local, os próprios moradores e porteiros foram quem combateram o incêndio, já que chamaram o Corpo de Bombeiros e não apareceram. Um dos porteiros do prédio, identificado como José Ronildo, e a funcionária Vandeca de um dos bares da orla afirmaram que a causa do incêndio foram faíscas de foguetes usados em algumas carreatas de candidatos que caíram no morro e se propagavam. Por conta disso, alguns animais morreram carbonizados e algumas pessoas que moram nas redondezas passaram mal por terem inalado muita fumaça. "Foi muita fumaça. Quase todo ano isso acontece por aqui, pois como aqui dá passagem para as pessoas irem à praia, muitos jogam ponta de cigarros, mas nesse vapor foi a primeira vez que aconteceu. Ficamos muito assustados, moradores saíram de casa com olhos vermelhos de tanta fumaça, passando muito mal", disse ainda que eles apagaram o fogo e retiraram carros que estavam nas proximidades do incêndio já que os bombeiros não compareceram ao local.

Sobre o não aparecimento dos bombeiros no local, o major Teixeira, informou que possivelmente foi por conta da pouca estrutura disponível para atender todas as demandas.

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