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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Presidente da Funac defende mais segurança na unidade

Em menos de um mês, 25 adolescentes internos fugiram da Unidade de Ressocialização da Funac.
SÃO LUÍS – Em menos de um mês, vinte e cinco adolescentes internos fugiram da Unidade de Ressocialização de Adolescentes Infratores da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), na Maiobinha, em São Luís. Neste ano, outras 45 fugas foram registradas. O Ministério Público chegou a recomendar a interdição da unidade. Em uma reunião realizada na terça-feira (3), na sede da Funac, entre representantes da instituição, governo do Maranhão e Polícia Militar, foi estudada a presença de policiais militares no Centro da Juventude Esperança (CJE), unidade de internação masculina da Funac.
A presidente da Funac, Floripes Pinto, defende maior apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) à unidade. "Há falta de segurança na Funac, esse é um fato que a gente não pode maquiar, de forma alguma. Agora, a questão da segurança é um conjunto de fatores, que vai desde a questão da estrutura física, que nós já estamos sentando com a Sinfra (Secretaria de Estado de Infraestrurutra) e Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Cidadania para fazer valer a determinação da governadora do Estado, que é da reforma e ampliação da estrutura física da unidade. Essa reforma não pode ocorrer de forma simples, ela tem que respeitar as diretrizes nacionais, inclusive as diretrizes legais, com questões que vão desde a distribuição do espaço físico, a questão das medidas dos cômodos e que permita, além do trabalho pedagógico, uma distribuição dos adolescentes, respeitando a compreensão física, faixa etária, nível do atendimento social e educativo e da gravidade do ato infracional. Outra questão é essa articulação, que nós já estamos em processo com a Secretaria de Segurança Pública, para garantir o aparato necessário para as intervenções policiais quando necessários. Outra questão é o quadro de servidores da unidade, tanto em quantidade quanto no nível de capacitação, de preparo, para conduzir esse tipo de atendimento", disse em entrevista ao Imirante nesta quinta-feira (5).
Floripes Pinto, atribui, ainda, os problemas na Funac ao quadro de funcionários, que não é, em grande parte, efetivo. Ela acredita que a realização de concurso público possa ajudar na melhoria do serviço prestado pela unidade. "Nós temos um conjunto de problemas. Nós temos poucos servidores efetivos. Então, quando nós temos vínculos temporários, nós corremos o risco de perder um bom funcionário. Nós temos os servidores que não tem aquele compromisso com o trabalho, prova disso são os boicotes, as condutas irregulares, etc. No entanto, já há uma sinalização do governo do Estado quanto à realização de concurso público, tanto que a Seplan ( Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão) fez um levantamento de quantidade de vagas necessárias e nós estamos aguardando a implementação do plano de cargos e carreiras do Estado, que já foi aprovado. Penso eu, esse será um fator que vai contribuir muito na melhoria da qualidade do atendimento", afirma.
Na reunião da terça-feira, também, ficou agendada uma visita do gestor do projeto "Jovens Construindo a Cidadania" (JCC), capitão Samuel White, da Polícia Militar, mas dependências do CJE. A visita ocorreu nesta quarta-feira (4). Nos próximos dias, deve ocorrer, ainda, uma reunião de representantes da Funac com o comando do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM) para definir novas estratégias de segurança de internos e funcionários.

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