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sábado, 7 de janeiro de 2012

Mais 16 bairros ficam sem água

Dessa vez o motivo foi um vazamento no Sistema Paciência, que também fornece o produto na capital.
Mais 16 bairros ficam sem água
SÃO LUÍS - Antes mesmo de solucionar os transtornos causados pelos dois rompimentos na adutora do Sistema Italuís ocorridos sábado (31) e quarta-feira (4), que deixaram 130 bairros sem água, mais 16 localidades foram afetadas nessa sexta-feira (6) pela falta de abastecimento. Dessa vez o motivo foi um vazamento no Sistema Paciência, que também fornece o produto na capital. Enquanto isso, moradores passam por dificuldade para conseguir água em casa.

Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema), ontem foi feito o desligamento do Sistema Paciência em caráter de emergência para contenção de um vazamento ocorrido em uma das bombas de água tratada e para a recuperação de outra que também estava com estrutura comprometida.

Com a interrupção, ficaram sem água os bairros Cohab I, II, III e IV; Cohatrac I, II, III, IV e V; Residencial Araçagi I e II; Parque dos Sabiás, Jardim Primavera, Itaguará, Cruzeiro do Anil, Planalto e adjacências.

A previsão da companhia era de que os reparos nas bombas fossem finalizados até as 16h de ontem, quando seria reiniciado o bombeamento de água. À noite, o abastecimento já deveria estar normalizado.

Transtornos

Os transtornos registrados pelo Sistema Italuís, porém, até hoje não foram totalmente solucionados. Os rompimentos aconteceram sábado no km 38 e no domingo no km 36, ambos na BR-135. Os problemas foram ocasionados pela corrosão dos tubos que fazem parte do Italuís, resultado do equipamento ultrapassado e muito desgastado. Por causa disso, o repasse de água teve de ser suspenso para reparos nos tubos em que houve vazamentos.

Com a interrupção do fornecimento, 130 bairros foram afetados e a maioria deve permanecer até amanhã com o abastecimento irregular. Até o fim da manhã de ontem, vários bairros permaneciam sem água, o que levou centenas de moradores a buscarem alternativas para ter o líquido em casa.

Na Vila Lobão, os moradores tiveram de ir até poços artesianos para buscar água. Alan Silva do Carmo utilizou uma carroça para levar tonéis com água até sua casa. "É muito cansativo, mas não se pode viver sem água. Muitos trabalhos em casa dependem do produto", disse.

Já Geraldo Pereira, morador do Jardim Conceição, foi até uma empresa de transporte pedir água. Ele teve de voltar para casa carregando os baldes cheios, com auxílio de uma carro de mão. "Aqui eles têm um cano que dá água, então todo mundo que mora por perto vem buscar", contou.

No São Cristóvão, o cenário era o mesmo. Moradores tinham de carregar baldes por longas distâncias. A reclamação era geral. "Vive com problema de falta de água, mas as contas da Caema não param de chegar. Temos de deixar de fazer várias coisas por não ter água. Nem cozinhar direito se cozinha mais", criticou o morador Janilson Silva.

Falta de água já é comum em bairros

No Bequimão, o abastecimento também permanecia irregular. A relações públicas Carolina Fontes disse que problemas no local são comuns. "Na minha casa tem caixa d´água e tanque. Por enquanto não precisamos comprar água por causa disso, pois o tanque estava cheio. No Bequimão, a maioria das casas tem caixa, pois já falta água um dia sim, um dia não", afirmou.

Na Cohab-Anil IV, a necessidade da água fez a aposentada Maria dos Milagres dos Santos permanecer a madrugada acordada. "A água deu fraquinha durante a madrugada, então fiquei acordada para encher os baldes para ter água para fazer as atividades domésticas. Sem dúvida, é um incômodo", relatou.

No bairro Bom Milagre, o abastecimento de água voltou apenas em algumas casas, deixando os moradores intrigados. Muitos achavam que o problema era por causa das residências mais altas.

A Caema afirmou que vários bairros já deveriam estar com o abastecimento regular, porém, por causa de bombas mal usadas por moradores, o líquido não está chegando a todas as casas. Outro motivo é que nos bairros situados em pontos altos de São Luís o fornecimento é dificultado pela falta de força da água percorrer a tubulação.

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