Tradicional romaria
realizada na área Itaqui-Bacanga abordou questões de saúde, consumo de
drogas por parte dos jovens e até as dificuldades encontradas pela
população da região
O Dia do Trabalho
foi comemorado de outra forma pelos fieis da comunidade católica da
área Itaqui-Bacanga, que realizaram a 23ª edição da Romaria dos
Trabalhadores. O Imparcial acompanhou a concentração do evento, na Praça
do Bacanga, de onde a caminhada dos romeiros seguiu até o bairro Anjo
da Guarda. A romaria foi organizada por três paróquias daquela região, a
qual compreende 58 bairros e cerca de 250 mil habitantes, e foi
encerrada com uma missa campal na Praça da Ressurreição, celebrada pelo
arcebispo de São Luís, Dom José Belisário.De acordo
com o padre Elisvaldo Cardoso Silva, da Paróquia de São José Operário
do Bonfim, o principal objetivo da romaria foi lembrar a comunidade
sobre a importância da luta pela garantia dos direitos, que ainda
encontraria desafios, apesar de conquistas sociais observadas desde que o
movimento foi iniciado, tais como os postos de saúde e hospitais. O
padre ressaltou que, como nas edições anteriores, a temática da Romaria
dos Trabalhadores teve ligação com a Campanha da Fraternidade, cujo tema
esse ano é "Juventude, Fé e Protagonismo", com destaque para as
questões da educação, saúde e segurança para o público jovem.Sobre
a questão da saúde, o padre Elisvaldo chamou a atenção para o consumo
de drogas envolvendo a população dos bairros de São Luís, assim como em
muitas outras cidades. No caso das comunidades da área Itaqui-Bacanga, o
religioso informou que os moradores vêm pleiteando ao poder público a
instalação de um Centro de Apoio Psicossocial para o tratamento de
álcool e outras drogas (CAPS AD), para o atendimento de adolescentes,
jovens e adultos em situação de dependência química. Outra dificuldade
enfrentada pela população da região, segundo o padre, seria o transporte
público, cuja qualidade viria piorando. No que diz respeito ao
trabalho, o padre fez referência à concentração de empresas e indústrias instaladas na área, além do Porto do Itaqui, que garantiriam o emprego dos moradores.Para o padre Elisvaldo Cardoso, a Romaria tanto tem a natureza de luta social, sendo realizada por ocasião do Dia do Trabalhador, quanto de evangelização da comunidade participante, através das reflexões e orações realizadas no decorrer da caminhada.
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