Francisco Queirós Carvalhal, de 50
anos, foi preso logo depois de matar a própria mãe, a idosa Consuêlo
Queirós Carvalhal, de 74 anos. O crime aconteceu por volta das 10h40 de
ontem (28), na casa em que a vítima e o acusado moravam, na Rua São
José, na Vila Riod. Com este caso, sobe para 57 o número de homicídios
registrados no mês de novembro na Grande Ilha de São Luís.
De acordo com a polícia, uma discussão entre mãe e filho aconteceu
depois que a idosa se recusou a dar R$ 30 para Francisco, que pegou uma
“perna manca” (tira de madeira) e matou Consuelo com três golpes na
cabeça.
Vizinhos contaram que
escutaram os gritos da senhora. Um deles, que não quis se identificar,
disse ter tentado prestar socorro, mas o acusado trancou a casa.
Foto: G. Ferreira
Polícia técnica na cozinha da casa, examina corpo de Consuêlo (destaque), vítima de próprio filho Francisco Carvalhal
A polícia foi acionada pelos próprios moradores e Francisco foi preso,
ainda no local do crime, pela guarnição da viatura 0957, do 6º Batalhão
da Polícia Militar, formada pelo Cabo Valdecy e pelo soldado Sá Neto. O
acusado foi apresentado no 18º Distrito Policial, na Cidade Olímpica.
Segundo populares, o autor do crime já teria sido internado, por várias
vezes, em razão de problemas psiquiátricos. Sempre que retornava para
casa, brigava e agredia a mãe. Vizinhos da vítima mencionaram que ele
também tinha o costume de andar alcoolizado.
Foto: G. Ferreira
A arma do crime: uma ‘perna manca’ foi usada pelo filho assassino
Para o delegado Walter Wanderley, titular do 18º DP, não há dúvidas de
que o acusado agiu em plena consciência. “Havia uma pessoa na casa
prestando serviços de pedreiro, antes de o crime ser praticado. O
acusado, Francisco, falou com essa pessoa e não apresentava nenhum sinal
de embriaguez, de estar sob efeito de drogas ou de deficiência mental.
Ele esperou o rapaz sair para ir a um comércio e matou a senhora. Vamos
fazer o procedimento conforme a lei. Ele vai ser autuado em flagrante
por crime de homicídio por motivo fútil, agravado pelo fato de não ter
dado chance de defesa à vítima. Cabe ao juiz avaliar de ele tem ou não
problemas mentais”, revelou o delegado.
Conforme os primeiros levantamentos policiais, há cerca de três anos,
Francisco Carvalhal teria matado outra pessoa, no Jardim América, usando
um espeto. Walter Wanderley explicou que ainda vai checar a informação.
Caso parecido –
Somente no mês de novembro, este é o segundo caso registrado em São
Luís de filho que matou a mãe. No dia 9, um adolescente de 15 anos
assassinou a mãe, Maria do Carmo de Aguiar Ramos. O fato aconteceu no
Residencial José Reinaldo Tavares, também na área da Cidade Olímpica. A
vítima foi assassinada com uma facada no pescoço e o acusado estaria sob
o efeito de drogas.
Outros registros –
Desde a noite de segunda-feira (26), até a tarde de ontem, além da
morte de Consuêlo Queirós Carvalhal, outros três homicídios foram
registrados no Instituto Médico Legal (IML) de São Luís.
Jefferson André Santos Sousa, de 17 anos, foi assassinado a tiros na 2ª
Travessa Irene de Sousa, no Residencial João Alberto, na Vila Lobão. O
fato aconteceu por volta das 21h50 do dia 26.
Jeferson teria sido morto por um traficante do próprio bairro em que
morava e no qual foi assassinado. Ao avistar o acusado, Jefferson correu
e se escondeu embaixo da cama, dentro de sua residência, sendo alvejado
no local. Seu corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) à
0h de terça-feira (27).
No fim da
noite de terça (27), Herlison Ronaldo Moreira Pereira, de 20 anos,
conhecido como “Tóia”, foi alvejado com três tiros, na porta de sua
casa, localizada na Rua Proteção de Jesus, nº 11A, Liberdade. Segundo
informações colhidas pela polícia no local, dois homens num veículo
Celta, conduzido por uma mulher, efetuaram os disparos.
Herlison ainda foi levado para o Hospital Municipal Djalma Marques
(Socorrão 1), mas não resistiu aos ferimentos. Seu corpo chegou ao IML
às 2h35 de terça.
Vanilson Santos da
Conceição, de 27 anos, também foi morto na noite de terça-feira. Ele
levou três tiros, sendo um deles na cabeça, em um beco na Rua Cristiano
de Oliveira, na Janaína. Vanilson morava na Rua Aderson Lago, nº 114,
quadra 17, Vila Janaína. Ao lado da vítima foi encontrada uma bicicleta.
Seu corpo chegou ao IML às 22h35 de terça.