Ainda permanece internada na
Maternidade Marly Sarney, na Cohab, a gestante Concinete Silva, de 25
anos, que foi baleada com um tiro na barriga, no último domingo (21),
por um guarda municipal. O episódio ocorreu na Rua São Jorge, no Bairro
Santa Clara. De acordo com familiares, apesar de a bala ter atingido a
vítima de raspão, o susto fez com que a pressão da mãe aumentasse, o que
vem colocando em risco a vida do bebê.
De acordo com Maria José da Silva, sogra de Concinete, o parto da nora
poderá acontecer, no próximo dia 1°. Entretanto, tudo dependerá do
resultado do próximo exame de ultrassom e da pressão da mãe ser
normalizada.
“O médico ainda não fez a cesariana porque a pressão dela está alta. Ela está bem, mas o bebê não”, disse a sogra de Concinete.
Foto: G. Ferreira
Sogra da vítima teme que nora perca o filho
Conforme contou Maria José, Concinete estava sentada na porta de sua
casa, localizada na Rua São Jorge, nº 14, Santa Clara, quando teve a
confusão no bar de propriedade de José Américo da Silva, na mesma rua.
Na confusão, um guarda municipal, identificado apenas como Ribeiro, ao
disparar contra José Américo e errar o alvo, acabou atingindo a
gestante.
O conflito
– Segundo contou o motorista João Batista da Silva, de 47 anos, irmão
de José Américo, o guarda municipal saiu de sua residência, localizada
em frente ao bar de José Américo, com a arma em punho, ameaçando o
comerciante e, logo em seguida, efetuou o disparo que acabou atingindo
Concinete. De acordo com relatos de moradores, na ocasião o acusado
estava fardado e bêbado.
João
Batista também contou que o desentendimento entre Ribeiro e seu irmão já
existe há cerca de dois anos, desde quando José Américo teria se
recusado a vender “fiado” bebida alcoólica para o acusado. Segundo o
motorista, o guarda municipal já teria se desentendido com outros dois
vizinhos, moradores do lado direito e esquerdo da residência dele. O
relato também foi confirmado pela sogra de Concinete, que ainda destacou
que ele rotineiramente aparece bêbado na localidade, tendo o costume,
inclusive, de agredir a própria mulher.
Moradores da Rua São Jorge revelaram ainda que desde o episódio
ocorrido no último domingo (21), Ribeiro não aparece na casa onde mora, a
qual foi apedrejada por populares.
A
Secretaria Municipal de Segurança com Cidadania (Semusc) informou que
já está apurando o caso para tomar as providências cabíveis. A
Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) também afirmou que o
comando de Policiamento Metropolitano está apurando as denúncias.