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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Uso do celular ao volante eleva, em quatro vezes, as chances de acidentes no trânsito


Foto: Arquivo/Biné Morais/O Estado.
SÃO LUÍS – Pressa, necessidade... Há sempre algum motorista que tente justificar o uso do celular quando está conduzindo um veículo. Mas, é lei: o artigo nº 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) – Lei nº 9.503 – determina que o condutor deva retirar a mão do volante somente para mudar a marcha ou acessar algum acessório que está no painel. Além disso, a lei é bem clara e proíbe o uso de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou telefone celular. A infração custa, em média, R$ 85,13 e rende quatro pontos na Carteira de Nacional de Habilitação (CNH).
Um estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) aponta que esse tipo de atitude ao volante eleva em quatro vezes as chances de acidentes no trânsito. Levando de quatro a cinco segundos para fazer o contato com um aparelho móvel – seja em uma chamada telefônica, acessando a internet ou enviando uma mensagem de texto (SMS, de Short Message Service) –, com o carro a 100 km/h, o motorista terá percorrido 120 metros sem a visão frontal e pode ser surpreendido. Com o objetivo de ajudar a reduzir o número de acidentes causado pela imprudência dos motoristas, a Abramet lançou uma campanha, em que recomenda os motoristas a desligar o aparelho ou colocá-lo no modo silencioso.
O psicólogo e integrante da Associação de Médicos e Psicólogos-peritos de Trânsito (Assotran), Joaquim Pinheiro Filho, explica que a resistência dos motoristas ainda se dá pela falta de fiscalização dos órgãos de trânsito. "A resistência, ainda, é pela falta de educação e pela falta de fiscalização. Nós não criamos cultura de cumprir as leis por ser algo que vai beneficiar a todos. Então, somos tendenciosos a cumprir somente quando estamos sendo fiscalizados", disse em entrevista ao Imirante na manhã desta quarta-feira (22).
O especialista reforça que o uso do recurso de viva-voz, sistemas de telefonia inteligente que deixam as mãos livres, sistema de posicionamento global (GPS, do inglês Global Positioning System) ou de aparelhos de televisão portátil, também, apresentam igualmente risco aos condutores, porque tiram a atenção dos motoristas.
Custos à saúde pública
De acordo com Joaquim Pinheiro Filho, são grandes os custos de acidentes de trânsito. Para tentar reduzir os acidentes de trânsito no Maranhão, recursos do governo federal já foram repassados e um comitê será criado para elaborar medidas para o cumprimento da meta. "A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Ministério da Saúde já estão preocupados com o alto custo provocado pelos acidentes de trânsito, que nós estamos criando um comitê institucional para trabalhar o trânsito em São Luís. O Ministério da Saúde enviou recursos, R$ 250 mil para o Estado e R$ 250 mil para o município, para que a gente faça um trabalho, em parceria, para diminuir esse número tão elevado de acidentes e de óbitos. Em média, metade dos leitos de hospitais de urgência e emergência estão ocupados com pessoas envolvidas em acidentes de trânsito, principalmente com moto. Em média, um acidentado custa R$ 35 mil por mês para o hospital. E é a própria população que paga", explica.
Fiscalização e recomendações
O psicólogo defende um trabalho conjunto entre governo e sociedade para a diminuição dos índices. "A Assotran defende uma parceria com os órgãos de trânsito, de fiscalização, conselhos de medicina, sindicatos de mototaxistas, motofretistas e taxistas, para que se faça um trabalho em conjunto, porque o governo não vai resolver o problema sozinho. Se não houver uma participação da sociedade como um todo, vai virar um caos. A associação recomenda que as pessoas procurem respeitar as leis de trânsito e, também, respeitar os limites de velocidade. Nós sabemos que a maioria dos acidentes acontece devido ao excesso de velocidade", declara.
Entre 18 e 25 de setembro, ocorre a "Semana Nacional de Trânsito", realizado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em parceria com órgãos estaduais e municipais de trânsito. Nesta edição, a semana terá como tema "Década mundial de ações para a segurança do trânsito – 2011/2020: não exceda a velocidade, preserve a vida".

Acidente com caminhão e duas carretas deixa feridos no Km 11 da BR-135

SÃO LUÍS - Um acidente com um caminhão que transportava água e um caminhão-baú, na manhã desta quarta-feira (22), deixou feridos no Km 11 da BR-135, na entrada de Itapera. A informação é de uma testemunha que comunicou o acidente, por telefone, à redação do Imirante. A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que já deslocou equipes para o local.
O motorista do caminhão-pipa, de acordo com a testemunha, ficou preso às ferragens. À rádio Mirante AM, um outro motorista que passou pelo local do acidente afirmou que equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já estava no local e que o motorista havia sido retirado do veículo, mas não soube informar o estado de saúde da vítima.
O acidente aconteceu, de acordo com a PRF, em um retorno irregular. O motorista do caminhão-baú foi levado ao posto São Francisco da PRF para fazer exame no bafômetro.
VC no Imirante
Registrou o acidente ou o resgate das vítimas? Envie sua foto ou vídeo para o VC no Imirante, o espaço do internauta no "portal do Maranhão". Para participar, basta acessar a página do VC no Imirante, clicar no botão "Envie agora" e acessar o sistema de envio.
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Moradores de Marajá do Sena lutam contra a pobreza extrema

Dois em cada três habitantes vivem na miséria no município maranhense.

MARAJÁ DO SENA - Um dos temas em discussão na Rio+20 é como acabar com a miséria e garantir o desenvolvimento sustentável ao mesmo tempo. O Bom Dia Brasil foi até a Marajá do Sena, no Maranhão, e mostra como vivem os moradores de uma das cidades mais pobres do país.
Vencer a pobreza é um grande desafio. O curioso nome da cidade se deve, em parte, ao sobrenome de uma família local e também a uma fruta: o marajá.
O nome é até uma ironia diante da realidade. Marajá do Sena pode ser chamada de capital da extrema pobreza no Brasil. Dois em cada três habitantes vivem na miséria, segundo o IBGE.
Dona Francisca, oito filhos e mais um a caminho, mostra a geladeira vazia: "Só tem água mesmo". Para o almoço: "Só arroz mesmo, porque é só o que tem".
O esgoto corre a céu aberto. O saneamento é zero. Muitos moradores sequer têm água encanada. Falta trabalho para homens e mulheres. O secretário de Educação de Marajá, Djalma Maciel explica: “Aqui, a maioria das pessoas vive da agricultura de subsistência: da plantação de arroz, milho, feijão, mandioca”.
Benefícios sociais garantem alguma renda. Mais de 1.400 famílias em Marajá do Sena recebem o Bolsa Família. Mas é difícil romper o ciclo de extrema pobreza.
Paula da Conceição tem 16 anos, duas filhas e está grávida mais uma vez. "É ruim,viu, viver dentro de uma casa com três meninos, uma mulher e um homem e não ter nada, sem trabalhar, sem nada", lamenta ela.
Para o economista Fábio Soares, que estuda o crescimento inclusivo, os programas de transferência de renda são importantes, mas não suficientes. "No caso do Brasil, a gente pode ter certeza que a nossa pobreza se relaciona à desigualdade. Reduzindo a desigualdade, a gente também reduz a pobreza. Em algumas regiões, inclusive, é bem mais fácil reduzir a pobreza reduzindo a desigualdade do que gerando um crescimento elevado", diz Soares.
Cursos profissionalizantes, como um que conhecemos em São Luís, apontam um caminho. As aulas de culinária, oferecidas pelo Governo Federal se destinam a mulheres de baixa renda. "Ela vai aprendendo que com a educação, com a evolução que ela vai tendo do curso, ela pode caminhar sozinha", conta a professora Maria Tereza.
Foi o que aconteceu com a Rosilda. Doceira de mão cheia, ela tem tantas encomendas que criou uma microempresa em casa, com marca e cartão de visita. "A gente tem muito esse desejo, de um dia crescer", comemora.
Conquistas que a doceira registra com orgulho no álbum de retratos.

Praia Grande é alvo de operação da Vara da Infância e Adolescência

O objetivo é fiscalizar o cumprimento das medidas de proteção previstas no ECA.

SÃO LUÍS - A Praia Grande foi alvo da operação da 1ª Vara da Infância e da Adolescência da capital realizada sexta-feira, dia 17, pela equipe de comissários da Infância da unidade com o apoio da Companhia de Policiamento do Turismo (CPTUR). A ação teve por objetivo fiscalizar o cumprimento das medidas de proteção previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Liderada pelo coordenador do setor de proteção à Criança e ao Adolescente da Vara, Sérgio Duarte, a ação teve início por volta das 20h e se estendeu até as 4h30. Denúncias de crianças e adolescentes em situação irregular motivaram a operação.
O foco principal foi detectar a presença de crianças e adolescentes desacompanhados e em situação de risco ou vulnerabilidade. A venda de bebidas alcoólicas a esse público, prostituição infantil, trabalho infantil, mendicância e entrada e permanência em boates e casas noturnas foram alvo da operação.
Documento
Segundo Sérgio Duarte, durante a ação 30 adolescentes (homens e mulheres) na faixa etária de 13 a 16 anos desacompanhados dos pais ou responsáveis legais foram identificados pelos integrantes da equipe de fiscalização. A maioria dos identificados não portava nenhum tipo de documento de identificação. Ainda segundo o chefe da operação, além da falta de documentos, os menores consumiam bebidas alcoólicas na área próxima à escadaria da Praça Nauro Machado, onde acontece uma festa de pagode às sextas-feiras.
Sérgio Duarte ressaltou que um adolescente em conflito com a lei foi apreendido pela equipe durante a ação. Uma adolescente que havia desaparecido da casa dos pais havia oito dias também foi identificada na ocasião.
Bebidas
A operação também registrou o encaminhamento de um adolescente para uma instituição de acolhimento e a prisão de uma pessoa maior de idade por fornecimento de bebidas alcoólicas para adolescentes. Armas brancas e bebidas alcoólicas foram apreendidas em poder de alguns dos menores.
Todos os adolescentes encontrados em situação de risco foram identificados e entregues posteriormente aos pais ou responsáveis legais mediante termo de entrega e compromisso de comparecer posteriormente à 1ª Vara da Infância para os procedimentos cabíveis.
A equipe também fiscalizou algumas casas noturnas na área da Praia Grande e em uma delas, constatou a presença de adolescentes desacompanhados dos pais, sem autorização e sem portar documento de identificação. O estabelecimento foi autuado por infração às normas do ECA. Segundo Sérgio Duarte, outras operações do tipo serão realizadas na área nos próximos dias.

Poluição das praias afeta turismo, dizem empresários

Na opinião de empresários do setor turístico é necessária atuação mais eficiente.

As condições de balneabilidade da maioria das praias da região metropolitana de São Luís, além de trazer desconforto para os ludovicenses por causa da poluição, afetam diretamente o turismo na cidade. Na opinião de muitos especialistas do setor, que participaram de uma reunião na manhã de ontem, promovida pelo São Luís Convention & Visitors Bureau (SLCVB), é necessária uma atuação mais eficiente por parte do poder público para resolver o problema da poluição das praias poluídas.
Em julho deste ano, mês de férias, o setor hoteleiro de São Luís registrou uma baixa considerável na ocupação em relação ao mesmo período do ano passado. A ocupação dos hotéis, que em julho de 2011 foi de 80%, este ano atingiu apenas 65%, segundo dados SLCVB, que atribui essa inibição do turismo às condições impróprias das praias da cidade para banho. Donos de bares e restaurantes localizados na orla reclamam que o movimento caiu 30% este mês.