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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Ação resgata dependentes químicos no Centro Histórico de São Luís

Em uma ação desenvolvida conjuntamente pelas Secretarias de Estado de Saúde (SES) e de Segurança Pública do Estado (SSP), ontem (18), usuários de crack e outras drogas foram recolhidos das imediações do Centro Histórico de São Luís. Como resultado da ação, 18 pessoas – entre homens e mulheres – foram encaminhados à sede do Centro de Atenção Psicossocial-Álcool e Drogas (Caps-AD), no Monte Castelo, para terem acesso ao tratamento clínico, psicológico e acompanhamento social.
A ação envolveu todo o corpo clínico do Centro e cerca de 25 policiais da Superintendência de Polícia da capital. Logo na chegada das equipes de Polícia Civil, os primeiros usuários foram abordados pacificamente e convidados a entrarem no micro-ônibus de apoio, que seguiu também para as áreas do Desterro, Portinho e Aterro do Bacanga. Foram recolhidos, ainda, usuários que se encontravam no Terminal Hidroviário de passageiros, na Rampa Campos Melo, na Praia Grande.
Foto: Francisco de Paula
Policial conversa com usuário de drogas na área da Praia Grande
“A adesão ao tratamento é uma decisão unilateral que precisa ser tomada pelo próprio usuário, e muitos quando veem a chegada da equipe se escondem e fogem num primeiro momento”, disse o delegado.
Ele lembrou ainda que esta foi a primeira ação desenvolvida na área da Praia Grande, mas que outras já estão programadas para acontecer no local logo no início de 2013. Esta é a primeira ação realizada na área, sendo que outras quatro foram desenvolvidas no João Paulo, mais especificamente nas proximidades da feira, na Avenida Projetada, que ficou conhecida como a “Cracôlandia de São Luís”, denominação que ganhou devido ao grande número de usuários que perambulam por ali traficando e fazendo uso da droga.
O diretor do CAPS-AD, Marcelo Soares, revelou que até agora a quantidade de usuários encaminhados a unidade desde o início das ações de reinserção social já supera a marca de 100 pessoas. Deste total, sete já se encontram totalmente recuperadas e gozando da companhia de seus familiares, e quatro estão em fase final de tratamento.

“Isto mostra que mesmo sendo um tratamento de adesão voluntária, onde o usuário decide se quer ou não fazer o tratamento e levá-lo até o fim, a persistência das equipes em recolher e acolher estas pessoas, dando a elas oportunidade de saírem deste submundo e voltar a viver no seio da sociedade é uma arma primordial e indispensável para que ele veja que a vida pode e dever ser diferente”, diz o diretor revelando que muitos usuários já foram levados até o CAPS-AD mais de uma vez.

Mulheres – Segundo a direção da unidade a quantidade de mulheres é uma preocupação a mais, pelo fato de que algumas chegam sob suspeita de gravidez, e torna necessário realizar o exame de beta-HCG para confirmação.

Outro problema segundo o diretor é que quando são submetidas a exames clínicos, muitas estão com sérios problemas de saúde relacionados à presença de diversas DSTs e até mesmo AIDS. “Quando em situação de rua e vulnerabilidade, muitas destas usuárias acabam, mesmo tendo companheiros, recorrendo à prostituição para conseguirem a droga, e acabam se contaminando com HIV”, alertou Marcelo.

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